"Não haverá novo empréstimo sem que antes haja reestruturação da dívida", vincou o governante, já aconchegado pela vitória do "não" no referendo que passou um cartão vermelho aos líderes europeus. "Os gregos disseram hoje (ontem) não a cinco anos de hipocrisia e devolveram aos credores o ultimato que lhes foi feito", sintetizou.
"A partir de amanhã [segunda-feira] vamos colaborar com o Banco Central Europeu, que manteve uma posição neutra na semana passada, e teremos uma atitude positiva para com a Comissão Europeia", disse em conferência de imprensa.
Varoufakis defendeu ainda que o "'não' de hoje é um 'não' à austeridade, um regresso aos valores da Europa".
"O 'não' é um grande 'sim' à Europa democrática", afirmou o ministro das Finanças, para enfatizar que o resultado de ontem é "uma grande ferramenta de colaboração com os parceiros".
No mesmo sentido, Alexis Tsipras - que gravou uma mensagem que foi transmitida na televisão pública ao final do dia -, afirmou que o seu governo tem, agora, "um mandato para que se chegue a um acordo, não um mandato para uma rutura com a Europa".
O primeiro-ministro da Grécia confirma que as partes voltam hoje a sentar-se à mesa das negociações e garante que, "desta vez, o perdão da dívida estará em cima da mesa".