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Wall Street: Os comerciantes de velocidade
Wall Street: Os comerciantes de velocidade
Muitas pessoas não sabem que a maioria das negociações de ações nos Estados Unidos não são mais executadas por seres humanos, mas sim por computadores robóticos. Esses supercomputadores são capazes de comprar e vender milhares de títulos diferentes em um piscar de olhos. O comércio de alta frequência, como é conhecido, tornou-se predominante em Wall Street nos últimos anos e desempenhou um papel importante no mini crash do mercado na primavera passada, quando o Dow Jones Industrial Average despencou 600 pontos em apenas 15 minutos.
A Securities and Exchange Commission e os membros do Congresso começaram a levantar questões difíceis sobre a utilidade, perigos potenciais e suspeitas de manipulação de mercado por meio de negociação por computador. A mudança de operadores humanos para máquinas transformou a paisagem da Bolsa de Valores de Nova York, que já foi o centro do mundo financeiro. Agora, menos de 30% das negociações ocorrem no pregão, sendo o restante realizado por meio de plataformas eletrônicas e sistemas alternativos de negociação.
Duas bolsas de valores eletrônicas, a BATS e a Direct Edge, pertencentes a grandes bancos e empresas de negociação de alta frequência, surgiram e negociam mais de um bilhão de ações por dia a velocidades surpreendentes. Empresas de negociação de alta frequência como a Tradeworks, dirigida por Manoj Narang e uma equipe de matemáticos e cientistas chamados quants (analistas quantitativos), se dedicam a essa prática. Eles executam negociações por frações de segundo, com o objetivo de obter um lucro de um centavo ou menos por negociação. Essas empresas dependem de algoritmos matemáticos complexos programados em seus computadores para analisar dados em tempo real e tomar decisões em frações de segundo.
Um aspecto fundamental da negociação de alta frequência é que os computadores não entendem as empresas que estão sendo negociadas. Eles não sabem o valor das empresas, sua gestão ou qualquer outro fator qualitativo. As decisões de negociação são puramente baseadas em fatores quantitativos, probabilidade e análise estatística. Essa abordagem permite capturar oportunidades fugazes no mercado, mas desconsidera fatores fundamentais.
Os operadores de alta frequência investem pesadamente em supercomputadores e infraestrutura para obter uma vantagem de velocidade. Quanto mais próximos seus computadores estiverem dos servidores da bolsa de valores, mais rapidamente eles receberão informações críticas do mercado. Mesmo alguns milissegundos de vantagem podem resultar em lucros significativos. Os críticos argumentam que os operadores de alta frequência exploram essa vantagem para antecipar pedidos, manipular ações e extrair dinheiro do mercado sem agregar nenhum valor real.
Embora os proponentes afirmem que a negociação de alta frequência aumenta a liquidez do mercado, reduz os custos de transação e aperta os spreads das ações, os críticos acreditam que isso prejudica a justiça e a transparência. A natureza de alta velocidade da negociação e a complexidade dos algoritmos tornam difícil para os reguladores monitorar e garantir condições equitativas. O "flash crash" de 2010, quando o Dow Jones caiu 600 pontos em questão de minutos, expôs os riscos potenciais associados às negociações de alta frequência e à falta de controle.
Reguladores e legisladores começaram a propor reformas para lidar com as preocupações relacionadas ao comércio de alta frequência. A Securities and Exchange Commission está considerando medidas para rastrear e identificar negociações de alta frequência, e os disjuntores foram implementados para interromper as negociações em casos de extrema volatilidade de preços. No entanto, são necessárias mais mudanças para restaurar a confiança na integridade do mercado e dar transparência aos investidores médios que sentem que o sistema está sendo manipulado contra eles.
Nos últimos anos, os operadores de alta frequência expandiram suas atividades para os mercados de câmbio e commodities, aumentando ainda mais as preocupações sobre seu impacto nos mercados financeiros. A evolução da tecnologia ultrapassou a capacidade dos reguladores de acompanhar, e há uma demanda crescente por reformas que encontrem um equilíbrio entre inovação e integridade do mercado.
"Modelagem matemática e computação em finanças: com exercícios e códigos de computador Python e MATLAB" , por CW Oosterlee e LA Grzelak, World Scientific Publishing, 2019.
"Modelagem matemática e computação em finanças: com exercícios e códigos de computador Python e MATLAB" é um livro inestimável que explora a interseção de matemática, finanças e ciência da computação. Escrito por especialistas na área, ele fornece um guia abrangente para entender e implementar modelos matemáticos em finanças usando linguagens de programação populares como Python e MATLAB.
O livro começa apresentando aos leitores os conceitos fundamentais da modelagem matemática em finanças, incluindo teoria da probabilidade, cálculo estocástico e técnicas de otimização. Ele enfatiza os aspectos práticos de modelagem e computação, destacando a importância dos métodos numéricos e da simulação na solução de problemas financeiros do mundo real.
Uma das características de destaque deste livro é a inclusão de vários exercícios e códigos de computador em Python e MATLAB. Esses exercícios permitem que os leitores se envolvam ativamente com o material, reforcem sua compreensão dos conceitos e desenvolvam suas habilidades de programação. Trabalhando com os exercícios e implementando os códigos fornecidos, os leitores podem obter experiência prática na aplicação de modelos matemáticos para finanças e aprimorar sua proficiência no uso dessas linguagens de programação para análise financeira.
O livro cobre uma ampla gama de tópicos relevantes para finanças, como precificação de opções, otimização de portfólio, gerenciamento de risco e alocação de ativos. Ele investiga tópicos avançados como modelagem de volatilidade, modelagem de taxa de juros e modelagem de risco de crédito, fornecendo aos leitores uma compreensão abrangente das técnicas matemáticas usadas na modelagem financeira.
Os autores encontram um equilíbrio entre rigor teórico e aplicação prática ao longo do livro. Eles fornecem explicações claras dos conceitos e algoritmos matemáticos subjacentes, acompanhados de exemplos do mundo real e estudos de caso. Essa abordagem permite que os leitores compreendam os fundamentos teóricos e, ao mesmo tempo, obtenham insights sobre como esses modelos podem ser aplicados para resolver problemas financeiros práticos.
Além disso, o livro destaca as vantagens e limitações de diferentes abordagens de modelagem, equipando os leitores com as habilidades de pensamento crítico necessárias para tomar decisões informadas ao escolher e implementar modelos em cenários do mundo real.
"Modelagem matemática e computação em finanças: com exercícios e códigos de computador Python e MATLAB" é um excelente recurso para estudantes, pesquisadores e profissionais da área de finanças que desejam aprofundar sua compreensão de modelagem matemática e métodos computacionais. Sua combinação de explicações teóricas, exercícios práticos e códigos de computador prontos para uso o torna um companheiro essencial para qualquer pessoa interessada em aplicar técnicas matemáticas para resolver problemas financeiros.
https://github.com/LechGrzelak/Computational-Finance-Course
Este curso de Finanças Computacionais é baseado no livro: "Modelagem Matemática e Computação em Finanças: Com Exercícios e Códigos de Computador Python e MATLAB"
Finanças Computacionais: Aula 1/14 (Introdução e Visão Geral das Classes de Ativos)
Esta palestra abrangente serve como uma introdução aos fascinantes campos de finanças computacionais e engenharia financeira, abrangendo uma ampla gama de tópicos essenciais para a compreensão das finanças modernas. O palestrante enfatiza a importância dos modelos teóricos de finanças matemáticas e computacionais, que são utilizados para criar modelos práticos de precificação de derivativos em diversos cenários.
No curso de finanças computacionais, os alunos irão se aprofundar em vários tópicos que são cruciais para a compreensão e aplicação de métodos financeiros práticos. Liderado pelo instrutor, Leth Lag, o curso enfatizará a implementação de técnicas de programação eficientes usando Python para simulação e precificação de opções. Este programa abrangente é projetado para indivíduos interessados em finanças, finanças quantitativas e engenharia financeira. Ele cobrirá conceitos essenciais, como volatilidades implícitas, estratégias de hedge e o fascinante reino dos derivativos exóticos.Finanças computacionais é um campo interdisciplinar situado entre finanças matemáticas e métodos numéricos. Seu principal objetivo é desenvolver técnicas que possam ser aplicadas diretamente à análise econômica, combinando habilidades de programação com modelos teóricos. A engenharia financeira, por outro lado, abrange uma abordagem multidisciplinar que emprega teoria financeira, métodos de engenharia, ferramentas matemáticas e práticas de programação. Os engenheiros financeiros desempenham um papel crítico na criação de modelos práticos baseados em finanças matemáticas e computacionais, que podem ser utilizados para precificar derivativos e lidar com contratos financeiros complexos com eficiência. Esses modelos devem ser teoricamente sólidos e adaptáveis a diversos cenários.
O curso esclarecerá diferentes classes de ativos negociados em finanças computacionais, incluindo ações, opções, taxas de juros, câmbio, mercados de crédito, commodities, energia e criptomoedas. As criptomoedas, em particular, oferecem exposição a várias classes de ativos e podem ser empregadas para fins de hedge. Cada classe de ativos tem seus contratos exclusivos usados para controle de risco e estratégias de hedge. O mercado de balcão (OTC), com suas múltiplas contrapartes, apresenta complexidades adicionais que precisam ser compreendidas.
O palestrante explorará o papel das criptomoedas nas finanças, enfatizando seus diversos recursos e a necessidade de metodologias, modelos e premissas específicas para precificação. Além disso, serão examinadas as participações de mercado de diferentes classes de ativos, como taxas de juros, forex, ações, commodities e credit default swaps (CDS). Embora as opções representem uma porção relativamente pequena do mundo financeiro, elas oferecem uma perspectiva distinta da análise financeira e computacional.
O tópico de opções e especulação será amplamente discutido, destacando como as opções fornecem uma alternativa à compra de ações, permitindo que os indivíduos especulem sobre a direção futura de uma ação com um investimento de capital relativamente pequeno. No entanto, as opções têm uma data de vencimento e podem perder valor se o preço das ações permanecer inalterado, tornando o tempo um fator crucial na especulação. O curso fornecerá uma introdução aos mercados financeiros, classes de ativos e o papel dos engenheiros financeiros na navegação por esses cenários complexos. As ações, como a classe de ativos mais popular, serão exploradas em detalhes, enfatizando o conceito de propriedade e como o valor das ações é influenciado pelo desempenho da empresa e pelas expectativas futuras.
A palestra esclarecerá a natureza estocástica do comportamento das ações no mercado, influenciada por fatores como oferta e demanda, concorrentes e desempenho da empresa. O valor esperado de uma ação pode diferir de seu valor real, levando à volatilidade. A volatilidade é um elemento crucial na modelagem e precificação de opções, pois determina as flutuações futuras nos preços das ações. Além disso, a palestra distinguirá dois tipos de investidores: os interessados em retornos de dividendos e os que buscam oportunidades de crescimento.
O conceito de dividendos e investimento em dividendos será apresentado, enfatizando como os dividendos fornecem um investimento estável e certo, pois as empresas distribuem pagamentos aos acionistas regularmente. No entanto, os pagamentos de dividendos podem variar e os altos rendimentos de dividendos podem indicar maior risco nos investimentos de uma empresa. A palestra abordará brevemente taxas de juros e mercados monetários, reconhecendo que esses tópicos serão abordados mais extensivamente em um curso de acompanhamento.
A inflação e seu impacto nas taxas de juros serão discutidos, elucidando como os bancos centrais controlam a inflação ajustando as taxas de juros. A palestra explorará os benefícios de curto prazo e as implicações de longo prazo da redução das taxas de juros, bem como estratégias alternativas, como a teoria monetária moderna ou a compra de ativos pelos bancos centrais. Além disso, será explicado o papel da incerteza entre os participantes do mercado na determinação das taxas de juros e o efeito tributário oculto da inflação sobre os cidadãos. A palestra será concluída com um aprofundamento no tema da gestão de risco em empréstimos. O palestrante destacará os riscos potenciais enfrentados pelos credores, como a falência ou a inadimplência dos devedores. Para mitigar esses riscos, os credores geralmente cobram um prêmio de risco para garantir que sejam adequadamente compensados por quaisquer perdas potenciais.
Seguindo em frente, o palestrante mudará o foco para as taxas de juros e sua importância nas finanças. Eles explicarão como as taxas de juros afetam vários instrumentos financeiros, incluindo contas de poupança, hipotecas e empréstimos. O conceito de juros compostos será introduzido, enfatizando a noção de que uma unidade de moeda hoje vale mais do que a mesma unidade no futuro devido a fatores como a inflação. Serão discutidos os dois principais métodos de cálculo de juros, simples e compostos, com uma explicação detalhada de suas diferenças e exemplos práticos.
Em seguida, o palestrante se aprofundará nas taxas de juros compostas, principalmente para investimentos com prazo de um ano. Eles explicarão a modelagem matemática de taxas compostas usando a função exponencial, onde uma unidade de moeda é multiplicada por e elevado à potência da taxa de juros. Além disso, o palestrante descreverá como essa representação matemática se alinha com as equações diferenciais que regem as contas de poupança, levando à determinação do fator de multiplicação usado para descontar os fluxos de caixa futuros. No entanto, o palestrante notará que, na realidade, as taxas de juros não são constantes, mas variam ao longo do tempo, como evidenciado por diferentes instrumentos, como prazos e preços de moedas como o Euro e o USD.
Serão discutidos os gráficos que representam as taxas de juros e a liquidez do mercado para a zona do euro e para o dólar. Notavelmente, o estado atual da zona do euro revela rendimentos negativos em todos os vencimentos de até 30 anos, o que implica que investir em títulos do governo na zona do euro pode resultar em perda de dinheiro. O palestrante vai sugerir que os indivíduos podem preferir trocar euros por dólares e investir em títulos americanos, pois oferecem maiores rendimentos. No entanto, esta abordagem acarreta riscos, incluindo perdas potenciais devido a flutuações da taxa de câmbio. O palestrante enfatizará que as taxas de juros dependem do tempo e estão sujeitas à dinâmica do mercado.
O palestrante esclarecerá o conceito de compra de títulos, destacando que os compradores de títulos geralmente pagam mais do que o valor real do título. Consequentemente, o valor do dinheiro investido em títulos pode depreciar com o tempo e a inflação pode corroer o valor do investimento. Os principais compradores de títulos, como fundos de pensão e bancos centrais, serão mencionados, destacando seu papel significativo no mercado de títulos. Além disso, o palestrante abordará o conceito de volatilidade, que mede a variação dos preços financeiros ao longo do tempo. A volatilidade é calculada usando medidas estatísticas como variância e fornece informações sobre a tendência de flutuação de um mercado ou título, introduzindo incerteza e risco.
O curso então mudará sua atenção para retornos e volatilidade de ativos, dois conceitos cruciais em finanças computacionais. Os retornos dos ativos referem-se aos ganhos ou perdas de um título dentro de um período de tempo específico, enquanto a volatilidade mede a variação desses retornos. Um mercado altamente volátil indica oscilações significativas de preço em um curto espaço de tempo, resultando em maior incerteza e risco. Será introduzido o índice VIX, instrumento que mede a incerteza do mercado. Ele utiliza opções out-of-the-money ou put e é comumente empregado por investidores para proteger seu capital em caso de queda no valor de mercado. A importância do tempo e da previsão dos tempos de exposição será enfatizada, pois podem ser desafiadores na prática.
O instrutor discutirá as complexidades da análise da volatilidade de vários índices, incluindo o índice VIX. Eles reconhecerão as dificuldades em modelar matematicamente a volatilidade devido às circunstâncias e flutuações do mercado. Além disso, serão introduzidas as opções europeias, que servem como blocos de construção fundamentais para a precificação de derivativos com base na volatilidade. O palestrante fará uma distinção clara entre opções de compra e opções de venda, explicando que as opções de compra dão ao titular o direito de comprar um ativo a um preço e data pré-determinados, enquanto as opções de venda dão ao titular o direito de vender um ativo a um preço pré-determinado. e data, funcionando essencialmente como seguro.
Com a base de opções estabelecida, o palestrante apresentará uma visão geral das opções dentro de diferentes classes de ativos. Eles enfatizarão os dois principais tipos de opções: opções de compra e opções de venda. No caso de uma opção de compra, o comprador tem o direito de vender o ativo subjacente ao lançador em uma data de vencimento e preço de exercício especificados. Isso significa que, no vencimento, o lançador é obrigado a comprar a ação pelo preço de exercício caso o comprador opte por exercer a opção. Por outro lado, uma opção de venda concede ao comprador o direito de vender o ativo subjacente ao lançador em uma data de vencimento e preço de exercício especificados. No vencimento, o lançador deve comprar a ação pelo preço de exercício especificado se o comprador exercer a opção.
Para ilustrar a rentabilidade potencial das opções, o palestrante apresenta duas representações gráficas – uma para opções de compra e outra para opções de venda. Esses gráficos representam o lucro ou perda potencial com base no valor do estoque subjacente. Ao examinar os gráficos, os espectadores podem obter informações sobre como as mudanças no valor das ações podem afetar a lucratividade das opções.
Ao longo do curso, o instrutor explorará tópicos avançados adicionais relacionados a finanças computacionais, incluindo modelagem de derivativos, implementação de programação eficiente e o uso de Python para simulação e precificação de opções. Eles irão programar ao vivo durante as sessões e analisar os resultados de forma colaborativa com os telespectadores, proporcionando experiência prática e insights práticos.
O curso é projetado especificamente para pessoas interessadas em finanças, finanças quantitativas e engenharia financeira. O objetivo é preencher a lacuna entre finanças matemáticas e métodos numéricos, oferecendo conhecimentos e habilidades interdisciplinares necessários para lidar com problemas financeiros do mundo real. Os conceitos de volatilidade implícita, estratégias de hedge e derivativos exóticos também serão abordados, fornecendo uma compreensão abrangente de finanças computacionais e suas aplicações no setor financeiro.
Ao final do curso, os participantes terão adquirido uma base sólida em finanças computacionais, engenharia financeira e aplicação prática de métodos numéricos. Eles serão equipados com as ferramentas e o conhecimento para desenvolver e implementar modelos de precificação de derivativos, gerenciamento de riscos e análise de dados financeiros. Este curso serve como um trampolim para aqueles que buscam seguir carreira em finanças, análise quantitativa ou engenharia financeira, capacitando-os a tomar decisões informadas e contribuir para o campo em constante evolução das finanças computacionais.
Finanças Computacionais: Aula 2/14 (Ações, Opções e Estocástica)
Finanças Computacionais: Aula 2/14 (Ações, Opções e Estocástica)
O instrutor começa fornecendo uma visão geral do curso, enfatizando a importância de compreender a confiança na negociação, cobertura e a necessidade de modelos matemáticos em finanças. Eles se aprofundam no tópico de precificação de opções de venda e explicam o conceito de hedge. Processos estocásticos e modelagem de preços de ativos também são abordados, com a introdução do lema de Ito como uma ferramenta para resolver equações diferenciais estocásticas.
Para ilustrar a aplicação prática desses conceitos, o instrutor apresenta um exemplo de estratégia de treinamento em que um investidor busca proteger seu investimento de uma possível queda no valor das ações. Eles sugerem a compra de seguros na forma de opções de venda para garantir uma quantia mínima de dinheiro no pior cenário.
Passando para a negociação de opções, o palestrante enfoca o uso de opções de venda para se proteger contra movimentos de queda nos preços das ações. No entanto, eles observam que a compra de opções de venda pode ser cara, principalmente quando a volatilidade das ações é alta, como exemplificado pela Tesla. Para reduzir os custos das opções, pode-se diminuir o preço de exercício, mas isso significa aceitar um preço mais baixo para a ação. O palestrante fornece uma captura de tela da Reuters mostrando diferentes tipos de opções disponíveis no mercado, categorizadas por vencimento e preço de exercício. Eles também explicam a relação entre o preço de exercício e os preços das opções de compra e venda.
A volatilidade implícita é introduzida como uma medida da incerteza do mercado. O palestrante explica que os preços de exercício mais baixos estão associados a uma maior volatilidade implícita. Delta, que mede a dependência do valor de uma opção em relação ao ativo subjacente, também é introduzido. O vídeo então aprofunda o conceito de hedge e como um índice pode ser estabelecido para obter um portfólio sem risco, embora potencialmente limitando os ganhos se o valor da ação não aumentar. O hedge com opções é discutido, destacando sua adequação para investimentos de curto prazo, mas observando seu custo potencial em períodos de alta volatilidade.
A negociação de opções é mais explorada como meio de cobertura e redução de risco. O palestrante sugere que as opções normalmente são mais desejáveis para investimentos de curto prazo com vencimento definido, pois podem ser caras para investimentos de longo prazo. O conceito de hedging com call é introduzido, enfatizando como a venda de opções pode ajudar a reduzir o risco para os investidores que possuem uma grande carteira de ações. No entanto, recomenda-se cautela contra a venda de muitas opções de compra, pois pode restringir o potencial de valorização e sempre traz um certo grau de risco.
O vídeo então investiga as commodities, explicando que são matérias-primas usadas como proteção contra a inflação devido aos seus padrões de preços imprevisíveis, mas muitas vezes sazonais. A negociação de commodities é realizada principalmente no mercado futuro, onde são feitos negócios para comprar ou vender commodities em uma data futura. A distinção entre os mercados de eletricidade e outras commodities é destacada, com a eletricidade apresentando desafios únicos devido à sua incapacidade de ser totalmente armazenada e seu impacto na previsibilidade e valor dos derivativos.
O palestrante passa a discutir a negociação de moedas como uma classe de ativos, comumente chamada de mercado de câmbio. Ao contrário da compra ou venda tradicional de uma determinada taxa de câmbio, os indivíduos trocam quantias de dinheiro entre moedas. O palestrante enfatiza o papel do dólar americano como moeda base e moeda de reserva. Eles também abordam a manipulação das taxas de câmbio pelos bancos centrais para fortalecer ou enfraquecer as moedas. Adicionalmente, é mencionada uma pequena aplicação de derivados cambiais para cobertura de riscos cambiais em negócios internacionais.
O palestrante explica como bancos e instituições financeiras podem comprar ou vender seguros contra taxas de câmbio flutuantes para gerenciar incertezas de investimento. Investir em diferentes países pode introduzir incertezas devido à variação da força da moeda e das políticas monetárias, levando a retornos incertos. O financiamento computacional desempenha um papel crucial no gerenciamento e cálculo dos riscos associados a esses investimentos, modelando incertezas e considerando vários fatores. O palestrante observa ainda que os bitcoins podem ser considerados taxas de câmbio e discute sua natureza híbrida como uma mercadoria regulamentada com valor determinado por meio de câmbio em relação ao dólar americano. A volatilidade dos bitcoins torna seu valor futuro difícil de prever.
Além disso, o palestrante explora o conceito de precificação neutra ao risco, que é um princípio fundamental na precificação de opções. A precificação neutra ao risco assume que, em um mercado perfeitamente eficiente, o retorno esperado de uma opção deve ser igual à taxa livre de risco. Essa abordagem simplifica o processo de precificação considerando as probabilidades de diferentes resultados com base em uma medida neutra ao risco, onde o retorno esperado da opção é descontado à taxa livre de risco.
Em seguida, o palestrante apresenta o modelo Black-Scholes-Merton (BSM), que é um modelo matemático amplamente utilizado para precificação de opções. O modelo BSM incorpora vários fatores, como o preço atual das ações, preço de exercício, tempo até o vencimento, taxa de juros livre de risco e volatilidade do ativo subjacente. Ele assume que o ativo subjacente segue o movimento browniano geométrico e que o mercado é eficiente.
O palestrante explica os principais componentes do modelo BSM, incluindo a fórmula para calcular o valor de uma opção de compra ou venda europeia. Eles enfatizam a importância da volatilidade na precificação de opções, pois uma maior volatilidade aumenta o valor de uma opção devido ao potencial de maiores flutuações de preço. O palestrante também menciona o papel da volatilidade implícita, que é a expectativa do mercado sobre a volatilidade futura implícita nos preços das opções.
Em seguida, a palestra aprofunda o conceito de delta hedging, que é uma estratégia utilizada para minimizar o risco mantendo uma posição neutra no ativo subjacente. Delta mede a sensibilidade do preço de uma opção às mudanças no preço do ativo subjacente. Ao ajustar o número de ações detidas no ativo subjacente, um investidor pode criar uma carteira delta-neutra que é menos afetada pelos movimentos de preços.
O palestrante explica o processo de cobertura delta usando o modelo BSM e demonstra como ele pode efetivamente reduzir o risco. Eles discutem o conceito de hedge dinâmico, em que o hedge é continuamente ajustado à medida que o preço do ativo subjacente muda. Isso garante que o portfólio permaneça delta neutro e minimize a exposição às flutuações do mercado.
Além do delta hedging, a palestra aborda outras técnicas de gerenciamento de risco, como gamma hedging e vega hedging. Gama mede a taxa de variação do delta, enquanto vega mede a sensibilidade do preço de uma opção às mudanças na volatilidade implícita. Essas técnicas permitem que os investidores gerenciem e ajustem suas posições com base nas mudanças nas condições e riscos do mercado.
No final da palestra, o palestrante destaca as limitações e suposições do modelo BSM. Eles reconhecem que os mercados do mundo real podem se desviar das suposições do modelo, como a presença de custos de transação, restrições de liquidez e o impacto de fricções de mercado. O palestrante incentiva uma abordagem cautelosa e enfatiza a importância de entender as limitações e incertezas associadas aos modelos de precificação de opções.
No geral, a palestra fornece uma visão abrangente da confiança comercial, estratégias de cobertura, modelos de precificação de opções e técnicas de gerenciamento de risco. Ele equipa os alunos com conhecimentos e ferramentas essenciais para navegar no complexo mundo dos mercados financeiros e tomar decisões informadas nas atividades de negociação e investimento.
Finanças Computacionais: Aula 3/14 (Precificação de Opções e Simulação em Python)
Finanças Computacionais: Aula 3/14 (Precificação de Opções e Simulação em Python)
Na palestra, o instrutor se aprofunda na simulação de trajetória de ações em Python e explora o modelo Black-Scholes para opções de precificação. Eles discutem duas abordagens para derivar o preço livre de arbitragem para opções, ou seja, cobertura e martingales. O palestrante demonstra como programar martingales e simulá-los, destacando a conexão entre as equações diferenciais parciais (PDEs) e a simulação de Monte Carlo na estrutura de preços.
Usando o método de discretização de Euler, o palestrante explica como simular e gerar gráficos de processos estocásticos. Eles começam com um processo simples e empregam o lema de Ito para mudar de S para X, o logaritmo de S. O palestrante então apresenta o método de discretização de Euler e demonstra sua implementação em Python. Este método envolve discretizar a função contínua e simular os incrementos tanto para deriva quanto para movimento browniano, resultando em gráficos de caminhos simulados.
Do ponto de vista computacional, o palestrante discute a simulação de caminhos para modelos de precificação de opções. Em vez de simular cada caminho individualmente, eles explicam a eficiência de realizar fatias de tempo e construir uma matriz onde cada linha representa um caminho específico. O número de linhas corresponde ao número de caminhos, enquanto o número de colunas corresponde ao número de intervalos de tempo. O palestrante explica a implementação do processo de discretização usando a variável aleatória normal padrão e enfatiza a importância da padronização para uma melhor convergência.
A palestra também cobre a simulação de caminhos para movimento browniano geométrico usando Python. O palestrante ilustra como fixar uma semente aleatória para simulações estáveis e apresenta o modelo Black-Scholes, que envolve uma equação diferencial estocástica com deriva e parâmetros como mu e sigma para modelagem de preços de ativos. O palestrante destaca que o modelo Black-Scholes ainda é amplamente utilizado no setor financeiro, principalmente para precificação de opções sobre ações. Eles discutem os conceitos de medida do mundo real e medida neutra ao risco, que auxiliam na precificação de opções com base em diferentes probabilidades de resultado.
Além disso, a palestra explora preços de opções e simulação em Python. O palestrante distingue entre a medida do mundo real, estimada com base em dados históricos sem assumir arbitragem ou condições livres de risco, e a medida neutra ao risco, que requer certas condições para se manter. Eles apresentam uma estratégia de negociação envolvendo negociação contínua em uma ação e ajustando a posição da opção para capturar o movimento da ação subjacente. O palestrante explica a dinâmica do portfólio usando o lema de Ito e deriva a natureza estocástica dos valores das opções por meio desse método.
O palestrante também se aprofunda em técnicas para construir uma carteira de hedge independente do movimento browniano. Eles discutem a escolha de um delta que anule os termos envolvendo o movimento browniano, garantindo um portfólio delta neutro. O palestrante destaca a importância da carteira ter o mesmo retorno que a poupança e apresenta o conceito de conta de depósito.
Além disso, a palestra aborda a derivação de equações diferenciais parciais (PDEs) para avaliação de opções usando o modelo de Black-Scholes. A PDE resultante é um derivativo de segunda ordem com condições de contorno que determinam o valor justo de uma opção. O palestrante enfatiza que a precificação das opções do modelo Black-Scholes não depende significativamente do parâmetro de deriva mu, que pode ser obtido a partir de calibração ou dados históricos. No entanto, os custos de transação para cobertura não são considerados neste modelo.
A palestra aborda vários conceitos importantes dentro do modelo Black-Scholes e precificação de opções. Discute a hipótese de não haver oportunidades de arbitragem, levando a um cenário livre de riscos para a aplicação do modelo. O palestrante explica o conceito de delta hedging e como ele elimina o maior componente aleatório de uma carteira. Além disso, o palestrante apresenta o gama como uma medida do comportamento do delta e enfatiza que todos os parâmetros do modelo podem ser protegidos. Finalmente, a palestra explora os fatores determinantes do valor de uma opção, como tempo, exercício, volatilidade e parâmetros relacionados ao mercado.
Na palestra, o palestrante explora ainda mais o modelo Black-Scholes e sua aplicação na precificação de opções. Eles discutem as suposições e limitações do modelo, incluindo a suposição de volatilidade constante e a ausência de custos de transação. Apesar dessas limitações, o modelo Black-Scholes continua amplamente utilizado no setor financeiro devido à sua simplicidade e eficácia na precificação de opções europeias de compra e venda.
O palestrante introduz o conceito de volatilidade implícita, que é a expectativa do mercado sobre a volatilidade futura derivada dos preços atuais das opções. A volatilidade implícita é um parâmetro crucial no modelo de Black-Scholes, pois afeta o preço das opções. O palestrante explica como a volatilidade implícita pode ser obtida a partir de dados de mercado usando o modelo e discute sua importância nas estratégias de negociação de opções.
A palestra investiga várias estratégias de negociação de opções, como cobertura delta e negociação gama. A cobertura delta envolve o ajuste contínuo da composição da carteira para manter uma posição neutra em relação às mudanças no preço do ativo subjacente. A negociação gama concentra-se na exploração de mudanças na gama, que mede como o delta muda em relação ao preço do ativo subjacente. Essas estratégias visam gerenciar o risco e maximizar a lucratividade na negociação de opções.
O palestrante também aborda outros fatores importantes que influenciam os preços das opções, incluindo decaimento de tempo (theta), taxas de juros (rho) e rendimento de dividendos. Eles explicam como esses fatores afetam o preço das opções e como os traders podem usá-los para tomar decisões informadas.
Ao longo da palestra, a programação Python é utilizada para demonstrar a implementação de vários modelos de precificação de opções e estratégias de negociação. O palestrante fornece exemplos de código e explica como utilizar bibliotecas e funções para realizar cálculos e simulações.
Em resumo, a palestra fornece uma visão abrangente da precificação e simulação de opções usando o modelo Black-Scholes e conceitos relacionados. Ele enfatiza a aplicação prática desses conceitos na programação Python, tornando-o um recurso valioso para pessoas interessadas em finanças quantitativas e negociação de opções.
Finanças Computacionais: Aula 4/14 (Volatilidade Implícita)
Finanças Computacionais: Aula 4/14 (Volatilidade Implícita)
Nesta palestra abrangente sobre finanças computacionais, o conceito de volatilidade implícita ocupa o centro do palco, esclarecendo sua importância nos cálculos de precificação de opções. Embora o modelo Black-Scholes sirva de base para o cálculo da volatilidade implícita, suas limitações e ineficiências são devidamente enfatizadas. A palestra investiga várias metodologias para calcular a volatilidade implícita, notadamente processos iterativos como o método de Newton-Raphson. Além disso, o palestrante explora os desafios associados à modelagem de preços de opções e destaca o papel das volatilidades implícitas em refletir as expectativas do mercado. Ao longo da palestra, a importância crucial de compreender a volatilidade na precificação de opções e construir carteiras de hedge eficazes continua sendo um tema central.
A palestra amplia sua exploração, concentrando-se na relação entre os preços das opções e a volatilidade implícita, com ênfase específica em opções de compra e venda líquidas fora do dinheiro. Ele examina diferentes tipos de inclinação da volatilidade implícita, abrangendo parâmetros de volatilidade dependentes do tempo e a influência da dependência do tempo no sorriso da volatilidade implícita. Além disso, a palestra investiga as limitações do modelo Black-Scholes e abordagens alternativas para lidar com modelos de volatilidade, incluindo modelos de volatilidade local, modelos de salto e modelos de volatilidade estocástica. O impacto do vencimento da opção na volatilidade também é elucidado, com opções de vencimento mais curto exibindo uma distribuição mais concentrada em torno do nível monetário em comparação com vencimentos mais longos, onde o efeito sorriso torna-se menos pronunciado.
O professor começa resumindo os principais conceitos abordados nas seções anteriores, especificamente relacionados à precificação de opções e modelagem de volatilidade. A volatilidade implícita é introduzida, destacando seu cálculo a partir de dados de mercado e seu papel na medição da incerteza. O algoritmo para calcular a volatilidade implícita é discutido em detalhes. Além disso, as limitações e eficiências do modelo Black-Scholes são abordadas, juntamente com extensões como a incorporação de parâmetros de volatilidade dependentes do tempo e a geração de superfícies de volatilidade implícita. A palestra também aborda as desvantagens de confiar apenas no modelo Black-Scholes e apresenta modelos alternativos como volatilidade local e volatilidade estocástica. Enfatiza-se a necessidade de especificar um modelo adequado para precificação de sinistros contingentes e a importância de construir uma carteira de hedge composta por opções e ações para chegar a uma equação diferencial parcial (PDE) de precificação.
O palestrante passa a explorar a utilização de expectativas na resolução de equações diferenciais parciais, especificamente ao lidar com uma taxa de juros determinística e a necessidade de considerar as expectativas sob a medida neutra ao risco. A equação de precificação para opções de compra e venda europeias é apresentada, contando com uma função de distribuição cumulativa normal (CDF) de estoque inicial avaliada nos pontos d1, que depende de parâmetros do modelo, juntamente com um expoente envolvendo a taxa de juros ao longo do tempo até o vencimento. A palestra explica que esta fórmula pode ser facilmente implementada no Excel.
A seguir, o palestrante discorre sobre os parâmetros necessários para o modelo Black-Scholes, que serve como ferramenta para estimar preços de opções. Esses parâmetros abrangem tempo até o vencimento, preço de exercício, taxa de juros, valor atual do estoque e o parâmetro de volatilidade, sigma, que precisa ser estimado usando preços de mercado. O palestrante enfatiza a correspondência biunívoca entre o preço da opção e a volatilidade, destacando que um aumento na volatilidade implica em um correspondente aumento no preço da opção e vice-versa. A seguir, discute-se o conceito de volatilidade implícita, enfatizando seu cálculo com base no preço médio e sua importância dentro do modelo de Black-Scholes.
A palestra se aprofunda ainda mais na obtenção de volatilidade implícita de modelos com vários parâmetros. Nota-se que independente do modelo escolhido, este deve passar no teste do modelo Black-Scholes. No entanto, usar o modelo Black-Scholes para precificar todas as opções simultaneamente torna-se impraticável devido às diferentes volatilidades implícitas para cada exercício. A palestra também aponta que as volatilidades implícitas tendem a aumentar com vencimentos mais longos das opções, significando maior incerteza. Um exemplo é fornecido para demonstrar o cálculo da volatilidade implícita usando dados de mercado e uma opção de compra padrão de 100 ações.
O conceito de volatilidade implícita é posteriormente exposto pelo palestrante. Os dados históricos de uma opção são usados para estimar sua volatilidade usando a equação de Black-Scholes. No entanto, o palestrante destaca que, embora essa estimativa forneça um determinado preço para a opção, o mercado pode ter precificado de maneira diferente devido à sua natureza prospectiva, contrastando com a estimativa histórica retrospectiva. Apesar dessa discrepância, a relação entre as duas volatilidades ainda é utilizada para fins de investimento, embora o palestrante recomende cautela contra a confiança puramente especulativa nessa relação. A palestra então explica como calcular a volatilidade implícita usando a equação de Black-Scholes dado o preço de mercado e outras especificações de uma opção. No entanto, o palestrante reconhece que o conceito de volatilidade implícita é inerentemente falho, pois não há um valor correto definitivo, e o modelo usado é uma aproximação, em vez de uma representação verdadeira da precificação de opções.
O palestrante passa a explicar o processo de encontrar a volatilidade implícita empregando o método de Newton-Raphson, uma abordagem iterativa. Esse método envolve a criação de uma função baseada na equação de Black-Scholes e no preço de mercado para resolver o sigma, a volatilidade implícita. O palestrante destaca o uso de uma expansão em série de Taylor para calcular a diferença entre a solução exata e a iteração, com o objetivo de encontrar uma função onde a volatilidade implícita de Black-Scholes coincida com a volatilidade implícita do mercado. A capacidade de calcular a volatilidade implícita rapidamente em milissegundos é crucial para os criadores de mercado identificarem oportunidades de arbitragem e gerarem lucros.
O conceito do processo iterativo para calcular a volatilidade implícita usando o método de Newton-Raphson é introduzido. O processo envolve múltiplas iterações até que a função g se aproxime de zero, com cada nova etapa estimada com base na anterior. O palestrante enfatiza a importância da suposição inicial para a convergência do método de Newton-Raphson. Opções extremamente fora do dinheiro ou opções próximas de zero podem apresentar desafios à medida que a função se torna plana, resultando em um pequeno gradiente que dificulta a convergência. Para superar esse problema, os profissionais geralmente definem uma grade de suposições iniciais. O algoritmo aproxima a função usando sua linha tangente e calcula a interceptação x, com gradientes mais acentuados levando a uma convergência mais rápida.
Além disso, o palestrante explica a implementação do algoritmo de Newton-Raphson para calcular a volatilidade implícita de uma opção. O algoritmo baseia-se no modelo Black-Scholes, com parâmetros de entrada, incluindo o preço de mercado, exercício, prazo de vencimento, taxa de juros, volume inicial de estoque e parâmetro de volatilidade inicial. A convergência do algoritmo é analisada e um limite de erro é determinado. O código é demonstrado usando Python, com métodos e definições necessários preparados com antecedência, aproveitando as bibliotecas NumPy e SciPy.
A palestra discorre sobre o cálculo da volatilidade implícita, enfatizando as entradas necessárias para esse cálculo, como o valor da opção e a derivada do preço de compra em relação ao parâmetro de volatilidade, conhecido como Vega. O núcleo do código envolve o processo passo a passo de calcular a volatilidade implícita, com o palestrante fornecendo explicações sobre os vários parâmetros envolvidos e seu significado. A palestra termina com uma breve demonstração do processo iterativo empregado para calcular a volatilidade implícita.
O palestrante também aborda o tema do erro no cálculo da volatilidade implícita e como ela é determinada pelas diferenças entre as iterações. O gráfico de saída mostra a volatilidade implícita obtida para um preço de chamada, exercício, vencimento e outros parâmetros. O palestrante ilustra como a convergência varia com diferentes estimativas iniciais de volatilidade, ressaltando a importância desse processo na calibração da indústria. A estimativa inicial deve estar próxima da volatilidade implícita real para que o modelo converja com sucesso. Os profissionais da indústria normalmente tentam diferentes volatilidades iniciais até que uma convergência adequada seja alcançada e esse valor de volatilidade específico seja escolhido.
a palestra se aprofunda na interpretação das volatilidades implícitas. As volatilidades implícitas podem fornecer informações sobre as expectativas e o sentimento do mercado. Quando a volatilidade implícita é alta, sugere que os participantes do mercado antecipam flutuações de preço significativas, o que pode indicar incerteza ou risco percebido no ativo subjacente. Por outro lado, volatilidades implícitas baixas indicam expectativas de preços relativamente estáveis.
A palestra enfatiza que as volatilidades implícitas não são uma medida da volatilidade futura, mas sim um reflexo dos preços de mercado. As volatilidades implícitas são influenciadas por vários fatores, como dinâmica de oferta e demanda, sentimento do mercado e apetite de risco dos participantes do mercado. Portanto, é crucial interpretar as volatilidades implícitas no contexto de outros indicadores de mercado e análises fundamentais.
O palestrante também destaca o conceito de superfícies de volatilidade implícita ou sorrisos de volatilidade. As superfícies de volatilidade implícita representam a relação entre volatilidades implícitas e diferentes preços de exercício e vencimentos. Em certas condições de mercado, as volatilidades implícitas das opções out-of-the-money podem ser maiores ou menores do que as opções at-the-money. Essa curvatura na superfície de volatilidade implícita é conhecida como sorriso ou sorriso de volatilidade. A palestra explica que o sorriso de volatilidade indica a percepção dos participantes do mercado sobre a probabilidade de movimentos extremos de preços, como grandes riscos negativos ou eventos positivos inesperados.
Além disso, a palestra aborda o conceito de estruturas a termo de volatilidade implícita. As estruturas a termo de volatilidade implícita descrevem a relação entre volatilidades implícitas e diferentes vencimentos para uma opção específica. O palestrante explica que as estruturas a termo da volatilidade implícita podem apresentar diferentes formatos, como inclinação ascendente (contango), inclinação descendente (backwardation) ou curvas planas. Essas estruturas a termo podem fornecer informações sobre as expectativas do mercado em relação à volatilidade futura em diferentes horizontes de tempo.
Além disso, a palestra investiga as limitações e desafios associados às volatilidades implícitas. Ele enfatiza que as volatilidades implícitas são derivadas dos preços das opções, que são influenciados por vários fatores e premissas, incluindo taxas de juros, rendimentos de dividendos e a hipótese de mercado eficiente. Portanto, as volatilidades implícitas nem sempre refletem com precisão a verdadeira volatilidade subjacente.
Além disso, a palestra discute o conceito de volatilidade histórica e sua comparação com a volatilidade implícita. A volatilidade histórica é calculada com base nos movimentos anteriores dos preços do ativo subjacente, enquanto a volatilidade implícita é derivada dos preços das opções. O palestrante observa que a volatilidade histórica é retrospectiva e pode não capturar totalmente as expectativas futuras do mercado, enquanto a volatilidade implícita incorpora informações prospectivas embutidas nos preços das opções.
Por fim, a palestra termina com um resumo dos principais pontos abordados. Enfatiza a importância de entender a volatilidade implícita, seus métodos de cálculo e sua interpretação no contexto de precificação de opções e expectativas de mercado. O palestrante incentiva a exploração e pesquisa nesta área, dada a sua importância nos mercados financeiros e na tomada de decisões de investimento.
onde o impacto da volatilidade varia para diferentes comprimentos de opções. O vídeo também mostra como calcular a volatilidade implícita e gerar caminhos com volatilidade dependente do tempo e como isso afeta a equação de volatilidade implícita de Black-Scholes. O vídeo também mostra um exemplo de ajuste de diferentes níveis de volatilidade para duas opções com vencimentos diferentes.
Finanças Computacionais: Aula 5/14 (Jump Processes)
Finanças Computacionais: Aula 5/14 (Jump Processes)
A palestra progride para explorar maneiras de aprimorar o modelo Black-Scholes incorporando saltos no processo de estoque, fazendo a transição de um modelo difusivo para um modelo de difusão por salto. O instrutor começa explicando a inclusão de saltos no processo de estoque e fornecendo uma definição de saltos. Em seguida, eles demonstram uma implementação simples de um processo de salto em Python, enfatizando a necessidade de lidar com saltos em um processo estocástico para ações, garantindo que o modelo permaneça sob a medida q.
Além disso, a palestra investiga as implicações da introdução de saltos na precificação e como isso afeta a PDE (Equação Diferencial Parcial) de precificação, introduzindo termos integrais adicionais. A discussão se estende ao impacto de diferentes distribuições de salto nas formas de volatilidade implícita e à utilização de conceitos como expectativa de expectativas iteradas, a propriedade da torre de expectativa e funções características para processos de salto ao lidar com expectativas complexas.
O palestrante enfatiza a praticidade dos processos de salto na precificação de opções e calibração de modelos, destacando seu realismo e capacidade de acomodar caudas pesadas, bem como controlar a curtose e assimetria de travamento e densidade de giro. Ao incorporar um processo de salto, um melhor ajuste ao sorriso de volatilidade implícita ou inclinação da volatilidade implícita pode ser alcançado, tornando os processos de salto uma alternativa mais favorável ao modelo de Black-Scholes.
Mudando o foco, a palestra introduz o conceito de processos de salto representados por um processo de contagem, que não estão correlacionados com o movimento browniano. Esses processos são modelados usando um processo aleatório de Poisson, caracterizado por valor inicial zero e incrementos independentes seguindo uma distribuição de Poisson. A taxa do processo de Poisson determina o número médio de saltos em um período de tempo especificado. A palestra explica como calcular o número médio de saltos dentro de um determinado intervalo para processos de salto usando notação e expectativas.
Em finanças computacionais, o palestrante discute a simulação de processos de salto, observando que a magnitude do salto não pode explodir e delineando os pressupostos técnicos associados a ele. O processo envolve a definição de matrizes e parâmetros para simular incrementos independentes usando uma distribuição de Poisson para cada incremento do processo de salto. A palestra também aborda a utilização do processo de Poisson no lema de Ethos para estender a dinâmica dos processos de salto para precificação de ações. Dentro do contexto de finanças computacionais, a palestra apresenta e explica o conceito de processos de salto. Ele define o termo "t-menos" como o tempo imediatamente antes de ocorrer um salto em um processo e explora a dinâmica do processo por meio do lema de Ethos e do cálculo de derivadas em relação ao tempo. A relação entre o tamanho do salto e o ajuste resultante na função "g" é discutida, enfatizando a relevância prática desses conceitos na modelagem de processos estocásticos. A palestra também destaca a importância de considerar a independência dos processos de salto e processos difusivos ao modelar o comportamento do mercado de ações.
Para derivar a dinâmica de uma função "g" em um modelo que incorpora processos de salto e difusão, a palestra se concentra no comportamento de alta complexidade de difusão e na aplicação do lema de Ito. O lema de Ito é usado para lidar com termos cruzados, como dxpt ao quadrado, no contexto de maior complexidade do modelo. Uma vez que todos os elementos, incluindo deriva, difusão e saltos, são combinados, a dinâmica de "g" pode ser derivada usando o lema de Ito. A extensão da tabela de Ito também é abordada, enfatizando as diferenças entre um processo de Poisson e um movimento browniano. A palestra termina descrevendo o processo de derivação da dinâmica para uma função "g" que incorpora os processos de salto e difusão.
Seguindo adiante, a palestra descreve o processo de obtenção da dinâmica de uma ação com salto e movimento browniano sob a medida Q. Este processo envolve definir uma nova variável e determinar sua dinâmica, garantindo que a expectativa da dinâmica seja zero. O componente de salto é considerado independente de todos os outros processos, resultando em uma expressão que inclui termos para deriva, volatilidade e expectativa de J menos um. Essa expressão é então substituída na equação pela medida Q, garantindo que a dinâmica de ST sobre a conta poupança seja um martingale.
O instrutor passa a discutir como derivar um modelo com difusão e saltos, fornecendo um exemplo para ilustrar os caminhos de um modelo com dois componentes: difusivo e salto. A parte difusiva representa o comportamento contínuo, enquanto o elemento salto introduz descontinuidade, permitindo a representação de padrões de salto observados em determinadas ações. O instrutor também aborda os parâmetros para o salto e o parâmetro de volatilidade para o movimento browniano, juntamente com os valores iniciais para as taxas de juros e ações. Para aprimorar ainda mais a compreensão, o instrutor demonstra como programar a simulação e traçar os caminhos resultantes.
A palestra passa a explicar a expectativa de e elevado a j, que é calculado analiticamente como a expectativa de uma distribuição log-normal. A simulação de incrementos de Poisson conduzidos por c vezes pi vezes dt é realizada, com z representando incrementos para uma distribuição normal e j representando a magnitude do salto. A dinâmica do processo de difusão de saltos envolve tanto equações diferenciais parciais quanto equações diferenciais integrais, onde a parte integral representa a expectativa de tamanhos de salto. A equação de precificação pode ser derivada por meio da construção de portfólio ou por meio da abordagem de função característica, e os parâmetros precisam ser calibrados usando preços de opções no mercado.
No contexto de construção de portfólio, a palestra descreve o processo de construção de um portfólio composto por uma opção vendida e um hedge com uma ação subjacente. Ao garantir que a dinâmica da carteira aumente na mesma taxa que a conta de poupança, uma equação diferencial de preços pode ser derivada. Para atingir a dinâmica desejada, o estoque dividido pelo dinheiro da caderneta de poupança deve ser um martingale. A palestra então deriva a condição para mu, demonstrando que uma vez que a dinâmica é estabelecida, a dinâmica de v pode ser derivada. Esta informação é então usada para calcular as expectativas e derivar a dinâmica de v.
O palestrante explora ainda a equação para uma derivada de primeira ordem em relação ao tempo, que também é de primeira ordem em relação a x e inclui uma expectativa de valor de um contrato no tempo t com um salto. Isso leva a um termo integral devido à presença de uma expectativa, resultando em uma equação diferencial integral parcial (PID) que é mais difícil de resolver do que as EDPs puras. A solução passa por encontrar a expressão analítica para o valor esperado, que por vezes pode ser expresso em termos de séries infinitas. A importância das condições de contorno e a transformação de PIDs em transformações logarítmicas para melhorar a convergência também são discutidas.
Continuando a discussão sobre processos de salto, a palestra enfoca a transformação dos processos de salto no caso de PID e PID na opção deluxe. A palestra apresenta duas abordagens comuns para especificar a magnitude do salto, ou seja, o modelo clássico dos comerciantes e o exponencial duplo não simétrico. Embora a calibração do modelo se torne mais complicada com a adição de sigma j e mu j, a praticidade e a aceitação da indústria geralmente favorecem modelos com menos parâmetros. A palestra também reconhece que, à medida que a dinâmica dos processos de salto se torna mais complexa, alcançar a convergência torna-se um desafio, exigindo técnicas avançadas, como o espaço de Fourier ou soluções analíticas para calibração de parâmetros.
A palestra passa a explicar o processo de precificação usando a simulação de Monte Carlo para processos de difusão de saltos. A precificação envolve calcular a expectativa de retorno futuro descontando seu valor presente. Embora métodos como PIDs e simulação de Monte Carlo tenham um bom desempenho em termos de complexidade computacional para simulações, eles podem não ser ideais para precificação e calibração de modelos devido ao aumento significativo no número de parâmetros quando os saltos são introduzidos. A palestra também se aprofunda na interpretação da distribuição de saltos e parâmetros de intensidade e seu impacto no sorriso e inclinação da volatilidade implícita. Um experimento de simulação é conduzido, variando parâmetros enquanto mantém outros fixos para observar os efeitos resultantes em saltos e inclinação.
Para analisar os efeitos da volatilidade e da intensidade dos saltos na forma do sorriso e nível de volatilidade implícita, o palestrante discute suas relações. Aumentar a volatilidade de um salto leva a um nível mais alto de volatilidade, enquanto a intensidade dos saltos também afeta o nível e a forma do sorriso de volatilidade implícita. Essas informações são cruciais para entender o comportamento dos preços das opções e calibrar modelos para dados do mercado real.
A palestra então apresenta o conceito de Propriedade da Torre e sua aplicação na simplificação de problemas financeiros. Ao condicionar um caminho de um processo para calcular a expectativa ou preço de outro processo, problemas com múltiplas dimensões em equações diferenciais estocásticas podem ser simplificados. A propriedade da torre também pode ser aplicada a problemas em equações de Black-Scholes com parâmetros de volatilidade e processos de contabilidade, que muitas vezes se tornam somas ao lidar com integrais de salto. O palestrante enfatiza a necessidade de fazer suposições sobre parâmetros nessas aplicações.
Em seguida, o palestrante discute o uso das técnicas de Fourier para resolver equações de precificação em finanças computacionais. As técnicas de Fourier dependem da função característica, que pode ser encontrada na forma analítica para alguns casos especiais. O palestrante percorre um exemplo usando o modelo de Merton e explica como encontrar a função característica para esta equação. Ao separar termos de expectativa envolvendo partes independentes, o palestrante demonstra como expressar o somatório em termos de expectativas, permitindo a determinação da função característica. A vantagem de usar as técnicas de Fourier é sua capacidade de permitir cálculos de precificação rápidos, que são cruciais para a calibração do modelo e avaliação em tempo real.
Em seguida, o palestrante discute o uso das técnicas de Fourier para resolver equações de precificação em finanças computacionais. As técnicas de Fourier dependem da função característica, que pode ser encontrada na forma analítica para alguns casos especiais. O palestrante percorre um exemplo usando o modelo de Merton e explica como encontrar a função característica para esta equação. Ao separar termos de expectativa envolvendo partes independentes, o palestrante demonstra como expressar o somatório em termos de expectativas, permitindo a determinação da função característica. A vantagem de usar as técnicas de Fourier é sua capacidade de permitir cálculos de precificação rápidos, que são cruciais para a calibração do modelo e avaliação em tempo real.
Ao longo da palestra, o instrutor enfatiza a importância de entender e incorporar processos de salto em modelos financeiros computacionais. Ao incluir saltos, os modelos podem capturar melhor o comportamento dos preços das ações no mundo real e fornecer preços mais precisos e resultados de calibração. A palestra também destaca os desafios associados aos processos de salto, como a complexidade de resolver equações diferenciais integrais e a necessidade de calibração cuidadosa de parâmetros. No entanto, com as técnicas e metodologias apropriadas, os processos de salto podem aumentar significativamente a precisão e o realismo dos modelos financeiros computacionais.
Finanças Computacionais: Aula 6/14 (Processos de Difusão de Saltos Afins)
Finanças Computacionais: Aula 6/14 (Processos de Difusão de Saltos Afins)
O palestrante fornece insights sobre a seleção de modelos de precificação dentro das instituições financeiras, com foco na distinção entre o front office e o back office. O front office lida com as atividades comerciais e inicia os negócios, que são então transferidos para o back office para manutenção e escrituração comercial. O palestrante enfatiza a necessidade de considerar vários fatores, incluindo calibração, avaliação de risco, precisão de precificação e eficiência computacional ao escolher um modelo de precificação. Além disso, o conceito de funções características e processos de difusão de salto afim é introduzido como classes de modelo que permitem uma avaliação de precificação eficiente. Esses modelos são capazes de cálculos de precificação rápidos, tornando-os adequados para negociação em tempo real. A palestra também aborda tópicos como derivação de função monetária, extensão de estrutura por meio de incorporação de salto e fluxo de trabalho de precificação e modelagem em instituições financeiras.
A importância de entender os processos de salto e seu impacto na precisão da precificação é destacada ao longo da palestra, juntamente com os desafios envolvidos na solução de equações diferenciais integrais e na calibração dos parâmetros do modelo. Ao alavancar técnicas e metodologias apropriadas, os modelos financeiros computacionais podem ser aprimorados para refletir melhor o comportamento do preço das ações no mundo real e melhorar os resultados de precificação e calibração.
Além disso, o palestrante enfatiza o papel do front office nas instituições financeiras, principalmente na concepção e precificação de produtos financeiros para os clientes. O front office é responsável por selecionar os modelos de precificação adequados para esses produtos e garantir que as negociações sejam registradas corretamente. A colaboração com o back office é fundamental para validar e implementar os modelos escolhidos, garantindo a sua adequação aos riscos e negócios da instituição. O principal objetivo do front office é encontrar um equilíbrio entre fornecer preços competitivos aos clientes e gerenciar riscos dentro de limites aceitáveis, garantindo um fluxo constante de lucros.
O palestrante descreve as etapas essenciais envolvidas na precificação bem-sucedida, começando com a especificação do produto financeiro e a formulação de equações diferenciais estocásticas para capturar os fatores de risco subjacentes. Esses fatores de risco desempenham um papel crítico na determinação do modelo de precificação e no cálculo subsequente dos preços. A especificação e modelagem adequadas desses fatores de risco são cruciais para a precificação precisa e o gerenciamento de riscos.
Durante a palestra, são discutidos diferentes métodos de precificação, incluindo soluções exatas e semi-exatas, além de técnicas numéricas como a simulação de Monte Carlo. O palestrante destaca a importância da calibração do modelo, onde os parâmetros do modelo de precificação são ajustados para corresponder às observações do mercado. As técnicas de Fourier são introduzidas como uma alternativa mais rápida para a calibração do modelo, permitindo a computação eficiente dos parâmetros do modelo.
A palestra também compara duas abordagens populares para precificação em finanças computacionais: simulação de Monte Carlo e equações diferenciais parciais (PDEs). A simulação de Monte Carlo é amplamente utilizada para problemas de precificação de alta dimensão, mas pode ser limitada em precisão e propensa a erros de amostragem. As PDEs, por outro lado, oferecem vantagens como a capacidade de calcular sensibilidades como delta, gama e vega a um baixo custo e suavidade nas soluções. O palestrante menciona que os métodos baseados em Fourier serão abordados em palestras futuras, pois oferecem abordagens de precificação mais rápidas e adequadas para produtos financeiros simples.
O conceito de funções características é apresentado como uma ferramenta chave para preencher a lacuna entre os modelos com funções de densidade de probabilidade analítica conhecidas e aqueles sem. Ao usar funções características, torna-se possível derivar a função de densidade de probabilidade de uma ação, que é essencial para precificação e avaliação de risco.
Ao longo da palestra, é enfatizada a importância da calibração. Instrumentos líquidos são usados como referência para calibração, e seus parâmetros são então aplicados para precificar produtos derivativos mais complexos com precisão. O palestrante destaca a necessidade de melhorar e refinar continuamente os modelos e técnicas de precificação para se adaptar às condições de mercado em evolução e obter resultados de precificação confiáveis.
Em resumo, a palestra fornece informações sobre o processo de escolha de modelos de precificação em instituições financeiras, com foco na função do front office, calibração de modelo e considerações de risco, eficiência e precisão. Ele também apresenta várias técnicas, como simulação de Monte Carlo, PDEs e métodos baseados em Fourier para precificação e calibração de modelo. O conceito de funções características e sua importância na derivação de funções de densidade de probabilidade é discutido, juntamente com os desafios e a importância do refinamento e adaptação do modelo às condições do mundo real.
Finanças Computacionais: Aula 7/14 (Modelos de Volatilidade Estocástica)
Finanças Computacionais: Aula 7/14 (Modelos de Volatilidade Estocástica)
Na palestra, aprofundamos o conceito de modelos estocásticos de volatilidade como alternativa aos modelos Black-Scholes, que podem ter suas limitações. O palestrante destaca que os modelos estocásticos de volatilidade pertencem à classe dos modelos de difusão afim, que requerem técnicas avançadas para obtenção eficiente de preços e volatilidades implícitas. A motivação por trás da incorporação da volatilidade estocástica é explicada e o modelo de volatilidade estocástica bidimensional de Heston é apresentado.
Um aspecto importante abordado é a calibração de modelos para toda a superfície de volatilidade implícita, em vez de apenas um único ponto. Isso é particularmente crucial ao lidar com recompensas dependentes do caminho e dependência da direção do ataque. Os profissionais normalmente calibram modelos para instrumentos líquidos, como opções de compra e venda, e depois extrapolam para os preços de derivativos exóticos. Os modelos de volatilidade estocástica são populares no mercado, pois permitem a calibração de toda a superfície de volatilidade, apesar de suas limitações inerentes.
A palestra também destaca a importância das superfícies de volatilidade no mercado de ações e a necessidade de modelos apropriados. Se a superfície de volatilidade exibe um sorriso íngreme, os modelos que incorporam saltos ou volatilidade estocástica são frequentemente preferidos. Diferentes medidas usadas para precificar opções, incluindo a medida P e a medida neutra ao risco, são discutidas. Observa-se que, embora tornar as taxas de juros dependentes do tempo não melhore os sorrisos ou a inclinação, a introdução de volatilidade estocástica ou local pode ajudar na calibração. O modelo de Hassel, que utiliza processos de raiz quadrada com reversão à média para modelar a volatilidade, também é apresentado.
A palestra explora o conceito de modelos de volatilidade estocástica em detalhes. Inicialmente, um processo normal e um movimento Browniano são usados para definir uma equação diferencial estocástica, mas reconhece-se que esta abordagem não captura com precisão a volatilidade, especialmente porque ela pode se tornar negativa. Os benefícios do Box Inverse Process, também conhecido como processo CIR, são explicados, pois exibe caudas grossas e permanece não negativo, tornando-o um modelo adequado para volatilidade. O modelo de Heston, com sua estrutura de volatilidade estocástica, é introduzido, e a variância (VT) segue uma distribuição qui-quadrada não central. Esclarece-se que esta distribuição é uma distribuição de transição, e a condição de Feller é mencionada como uma condição técnica crítica a ser verificada durante a calibração do modelo.
As condições para os modelos de volatilidade estocástica evitarem que os caminhos cheguem a zero, conhecidas como condição de Feller, são discutidas. A condição é satisfeita quando duas vezes o produto do parâmetro kappa e a média de longo prazo é maior ou igual a gama ao quadrado, a volatilidade ao quadrado. Quando a condição não é atendida, os caminhos podem chegar a zero e retornar, levando a uma condição de limite atingível. As propriedades das distribuições qui-quadrada não centrais e sua relação com os processos CIR são explicadas. Caminhos de variância e gráficos de densidade são fornecidos para ilustrar os efeitos de satisfazer ou não a condição de Feller.
A importância das distribuições de cauda gorda em modelos de volatilidade estocástica é enfatizada, pois elas são frequentemente observadas após a calibração de modelos para dados de mercado. Note-se que se a condição de Feller de um modelo não for satisfeita, os caminhos de Monte Carlo podem chegar a zero e permanecer em zero. A inclusão de correlação em modelos via movimento browniano é explicada e é mencionado que os saltos são normalmente considerados independentes. A palestra termina com um gráfico representando o impacto da condição do Feller na densidade.
A palestra se concentra na correlação e variância no movimento browniano. O palestrante explica que, ao lidar com movimentos brownianos correlacionados, uma certa relação deve ser verdadeira, e o mesmo se aplica aos incrementos. A técnica de decomposição de Cholesky é introduzida como um meio de correlacionar dois movimentos brownianos usando uma matriz definida positiva e a multiplicação de duas matrizes triangulares inferiores. Esse método é útil para formular os dois processos discutidos posteriormente na palestra.
A construção da multiplicação da matriz triangular inferior com movimentos brownianos independentes é discutida, resultando em um vetor contendo uma combinação de processos independentes e correlacionados.
Além disso, o palestrante explica que a função característica do modelo Heston fornece informações valiosas sobre precificação eficiente e rápida. Ao derivar a função característica, torna-se evidente que todos os termos envolvidos são explícitos, eliminando a necessidade de cálculos analíticos ou numéricos complexos para resolver as equações diferenciais ordinárias. Essa simplicidade é considerada uma das vantagens significativas do modelo de Heston, tornando-o uma ferramenta prática e poderosa para precificação de derivativos.
O palestrante enfatiza que entender as características e implicações de cada parâmetro do modelo de Heston é crucial para gerenciar com eficácia os riscos associados à volatilidade. Parâmetros como kappa, média de longo prazo, volatilidade, correlação e o valor inicial do processo de variância têm impactos distintos na dinâmica da volatilidade e na superfície de volatilidade implícita. Ao calibrar esses parâmetros para o mercado e analisar seus efeitos, os profissionais podem obter informações valiosas sobre sorrisos e desvios de volatilidade implícita, permitindo preços e gerenciamento de risco mais precisos.
A palestra destaca a importância de calibrar modelos de volatilidade estocástica para toda a superfície de volatilidade implícita, em vez de apenas um único ponto. Os retornos dependentes do caminho e as dependências da direção do ataque exigem uma abordagem de calibração abrangente para capturar toda a complexidade dos dados de mercado. Normalmente, os profissionais calibram os modelos para instrumentos líquidos, como opções de compra e venda, e então extrapolam para preços de derivativos exóticos. Embora os modelos de volatilidade estocástica permitam a calibração de toda a superfície de volatilidade, reconhece-se que o processo de calibração não é perfeito e tem suas limitações.
Para aprimorar ainda mais a compreensão dos modelos de volatilidade estocástica, o palestrante se aprofunda no conceito de distribuições de cauda gorda, que são frequentemente observadas ao calibrar modelos para dados de mercado. O palestrante explica que, se a condição do feller de um modelo não for satisfeita, os caminhos de Monte Carlo podem chegar a zero e permanecer em zero, afetando a precisão do modelo. Além disso, a inclusão de saltos e a consideração independente de correlações em modelos estocásticos de volatilidade são discutidas. A palestra fornece informações sobre como esses elementos influenciam a dinâmica de volatilidade e os preços.
A palestra termina comparando o modelo Heston com o modelo Black-Scholes. Enquanto o modelo Heston oferece maior flexibilidade e estocasticidade na modelagem da volatilidade, o modelo Black-Scholes continua sendo uma referência para a precificação de derivativos. Compreender as implicações de diferentes mudanças de parâmetros em sorrisos e desvios de volatilidade implícita é essencial para que os profissionais escolham o modelo apropriado para suas necessidades específicas. Por meio de calibração e análise abrangentes, os modelos de volatilidade estocástica, como o de Heston, podem fornecer informações valiosas sobre precificação e gerenciamento de risco nos mercados financeiros.
Além de discutir o modelo de Heston, a palestra aborda a importância da correlação e variância no movimento browniano. O palestrante explica que, ao lidar com movimentos brownianos correlacionados, certas relações e condições devem ser verdadeiras, incluindo o uso da decomposição de Cholesky. Esta técnica permite a correlação de dois movimentos brownianos usando uma matriz definida positiva e a multiplicação de duas matrizes triangulares inferiores. A palestra enfatiza que este método é essencial para formular processos em casos multidimensionais e alcançar a estrutura de correlação desejada.
Além disso, o palestrante foca na construção e representação de movimentos brownianos independentes e correlacionados em modelos estocásticos de volatilidade. Embora a decomposição de Cholesky seja uma ferramenta útil para correlacionar movimentos brownianos, a palestra aponta que, para fins práticos, nem sempre é necessária. Em vez disso, o lema de Ito pode ser aplicado para incorporar movimentos brownianos correlacionados de forma eficaz. A palestra fornece exemplos de construção de carteiras de ações com movimentos brownianos correlacionados e demonstra como aplicar o lema de Ito para determinar a dinâmica de funções multidimensionais envolvendo múltiplas variáveis.
A palestra também aborda a equação diferencial parcial de preços (PDE) para o modelo Heston usando uma abordagem martingale. Essa abordagem envolve garantir que uma quantidade específica, chamada pi, que representa a razão da volatilidade sobre a média de longo prazo, seja um martingale. Aplicando o Ethos Lemma, a palestra deriva a equação para o martingale, que envolve derivadas e o processo de variância. A PDE de precificação permite a determinação de preços justos para contratos de derivativos e o uso da medida de risco neutro na precificação.
Além disso, o palestrante discute o impacto de diferentes parâmetros na forma de volatilidade implícita em modelos de volatilidade estocástica. Parâmetros como gama, correlação e a velocidade de reversão à média (kappa) mostram influenciar a curvatura, assimetria e estrutura de termo das volatilidades implícitas. Compreender os efeitos desses parâmetros ajuda a calibrar com precisão os modelos e capturar a dinâmica de volatilidade desejada.
Ao longo da palestra, o palestrante enfatiza a importância da calibração do modelo, principalmente para toda a superfície de volatilidade implícita. Calibrar para instrumentos líquidos e extrapolar para derivados exóticos é uma prática comum entre os profissionais. Os modelos estocásticos de volatilidade, incluindo o modelo Heston, fornecem flexibilidade para calibrar toda a superfície de volatilidade, permitindo melhor precisão na precificação e gerenciamento de risco. No entanto, reconhece-se que a calibração do modelo não é sem limitações e que as diferenças sutis entre os modelos, como os modelos de Heston e Black-Scholes, devem ser cuidadosamente examinadas para garantir preços adequados e avaliação de risco.
A palestra fornece uma visão abrangente dos modelos de volatilidade estocástica, com foco no modelo de Heston, suas implicações de parâmetros, técnicas de calibração e o papel da correlação e variância no movimento browniano. Ao compreender e aplicar efetivamente esses conceitos, os profissionais podem aprimorar sua capacidade de precificar derivativos, gerenciar riscos e navegar pelas complexidades dos mercados financeiros.
Finanças Computacionais: Aula 8/14 (Transformação de Fourier para Precificação de Opções)
Finanças Computacionais: Aula 8/14 (Transformação de Fourier para Precificação de Opções)
Durante a palestra sobre Transformação de Fourier para precificação de opções, o instrutor aprofunda a aplicação da técnica e diversos aspectos. Eles começam explicando que a Transformação de Fourier é utilizada para calcular a densidade e opções de preço eficiente para modelos que se enquadram na classe de modelos de difusão fina. A técnica envolve calcular uma integral sobre o eixo real, o que pode ser computacionalmente caro. Porém, ao empregar o lema da inversão, o instrutor elucida como o domínio para "u" pode ser reduzido, possibilitando o cálculo da parte real da integral. Essa abordagem ajuda a minimizar a carga computacional associada a cálculos caros.
O palestrante discute ainda a melhoria dessa representação usando a transformação rápida de Fourier (FFT), que aumenta significativamente a eficiência da implementação. Aproveitando as propriedades da FFT, a carga de trabalho computacional é reduzida, tornando a precificação de opções mais eficiente e rápida. A sessão termina com uma comparação entre o método de transformação de Fourier e o método de custo, fornecendo informações sobre seus respectivos detalhes de implementação.
Seguindo em frente, o palestrante se aprofunda na primeira etapa para derivar uma maneira rápida de calcular a densidade usando a transformação de Fourier. Esta etapa envolve dividir o domínio em dois e extrair a parte real, que é uma operação computacionalmente barata. Além disso, o palestrante explora a divisão de números complexos e a importância de tomar o conjugado, pois facilita cálculos mais eficientes da função característica. A construção de uma grade para obter a densidade para cada valor "x" também é discutida, destacando a importância de selecionar domínios apropriados e definir limites.
A palestra prossegue com uma explicação do cálculo da densidade de "x" usando uma integral de transformação de Fourier e uma grade compreendendo "n" pontos da grade. O instrutor enfatiza a necessidade de realizar cálculos de densidade para vários valores "x" simultaneamente. Uma vez definidas as grades, uma nova integral envolvendo uma função denominada "gama" é introduzida e a integração trapezoidal é empregada para aproximar a integral discreta. Para ilustrar esse processo, o palestrante fornece um exemplo de execução de integração trapezoidal para uma função com uma grade igualmente espaçada.
O palestrante então se aprofunda no processo de configuração de parâmetros para definir a grade para a transformação de Fourier. Esses parâmetros abrangem o número de pontos da grade, o valor máximo de "u" e a relação entre delta "x" e delta "u". Uma vez estabelecidos esses parâmetros, integrais e somatórios podem ser substituídos, possibilitando a derivação de uma função para cada valor de "x". A palestra inclui uma equação incorporando integração trapezoidal e funções características avaliadas nos nós de fronteira do trapézio.
A representação da integral e a importância de empregar a transformação rápida de Fourier (FFT) na precificação de opções são discutidas em detalhes. O palestrante explica que, ao definir uma função adequada para entrada na FFT, os profissionais podem aproveitar os recursos rápidos de avaliação e implementação já presentes na maioria das bibliotecas. O palestrante explica as etapas envolvidas no cálculo dessa transformação e como ela pode ser utilizada para calcular integrais. No geral, a palestra ressalta a importância da FFT em finanças computacionais e sua utilidade na precificação de opções.
Além dos tópicos mencionados, a palestra explora vários aspectos relacionados à transformação de Fourier para precificação de opções. Isso inclui o uso de técnicas de interpolação para garantir cálculos precisos para um número discreto de pontos, a relação entre a série de Taylor e a função característica, a aplicação do método de expansão do cosseno para funções pares e o uso de domínios truncados para aproximar a densidade. A palestra também aborda a recuperação da densidade, os resultados numéricos obtidos usando a expansão de Fourier e a representação de preços na forma de matrizes e vetores.
Ao longo da palestra, o instrutor enfatiza a implementação prática do método da transformação de Fourier, discute o impacto de diferentes parâmetros e destaca as vantagens e limitações da abordagem. Ao fornecer explicações abrangentes e experimentos numéricos, a palestra equipa os alunos com o conhecimento e as ferramentas necessárias para aplicar a transformação de Fourier para precificação de opções em cenários do mundo real.
O palestrante passa a discutir a recuperação da função de densidade na Transformação de Fourier para precificação de opções. Eles enfatizam a importância de selecionar um número suficientemente grande de pontos (denotados como "n") na transformação para obter cálculos de densidade de alta precisão. O professor introduz o número complexo "i" para definir o domínio e máximo, com "u_max" determinado pela distribuição. Além disso, o palestrante explica a necessidade de interpolação, principalmente usando interpolação cúbica nos pontos da grade "x_i" para garantir o cálculo preciso da função de densidade de saída, mesmo para entradas que não estão na grade.
O palestrante explora ainda mais os benefícios da interpolação e sua relevância para a precificação de opções usando a transformação de Fourier. Embora a transformação de Fourier seja vantajosa para grades maiores, a interpolação pode ser preferida ao lidar com números maiores, pois é comparativamente menos dispendiosa computacionalmente do que a FFT. O palestrante demonstra como funciona a interpolação por meio de exemplos de código, destacando que, ajustando parâmetros, torna-se possível calcular sensibilidades e obter gregos sem custo adicional. Esse recurso torna a técnica de expansão de cosseno ideal para precificar derivativos mais exóticos, como opções de barreira e Bermudas.
Além disso, o palestrante discute a relação entre a série de Taylor e a função característica em finanças computacionais. A palestra mostra a correspondência um-para-um entre a série e a função característica, permitindo relações diretas sem a necessidade de integrais adicionais. O palestrante então descreve o "método cos" para precificação de opções, que emprega uma expansão de cosseno de Fourier para representar funções pares em torno de zero. Este método envolve o cálculo de integrais e coeficientes, com a observação crucial de que o primeiro termo da expansão deve sempre ser multiplicado pela metade.
A palestra analisa mais de perto o processo de alteração do domínio de integração da função "g" para obter um intervalo de suporte finito de "a" a "b". O palestrante explica a importância da fórmula de Euler na simplificação da expressão e mostra como substituir "u" por "k pi dividido por ba" leva a uma expressão mais simples envolvendo a densidade. O domínio truncado é indicado por um símbolo de chapéu e os valores específicos para os parâmetros "a" e "b" são escolhidos com base no problema que está sendo resolvido. O palestrante enfatiza que esta é uma técnica de aproximação e que escolhas heurísticas estão envolvidas na seleção dos valores de "a" e "b".
Além disso, a palestra explora a relação entre a expansão de Fourier e a recuperação da densidade. Tomando as partes reais de ambos os lados da equação, a palestra demonstra a fórmula de Euler que permite expressar a integral da densidade como parte real da função característica. Este método elegante e rápido facilita encontrar as relações entre integrais da função alvo e a função característica usando a definição da função característica. O método de custo visa descobrir essas relações para calcular os coeficientes de expansão e recuperar a densidade. Embora o método introduza erros de soma infinita e domínio de truncamento, esses erros são fáceis de controlar.
A palestra se concentra em resumir a expansão do cosseno de Fourier, que pode atingir alta precisão mesmo com um pequeno número de termos. Um experimento numérico envolvendo uma função de densidade de probabilidade normal (PDF) é conduzido para examinar a geração de erro com base no número de termos, com medição de tempo incluída. O experimento de código é estruturado para gerar densidade usando o método do cosseno, definindo o erro como a diferença absoluta máxima entre a densidade recuperada usando o método do cosseno e o PDF normal exato. O método do cosseno requer apenas algumas linhas de código para recuperar a densidade usando a função característica, que está no centro do método.
Além disso, o palestrante discute os resultados numéricos da expansão de Fourier, que podem ser executados com eficiência usando notação de matriz. O erro diminui à medida que o número de termos de expansão aumenta, com um erro tão baixo quanto 10^-17 alcançado com 64 termos. Usar um número menor de termos pode resultar em oscilações ou um ajuste mais pobre. O palestrante observa que parâmetros como o domínio e o número de termos de expansão devem ser cuidadosamente ajustados, especialmente para distribuições fortemente atadas. Além disso, a palestra destaca que a densidade log-normal também pode ser modelada usando a função de característica normal.
Seguindo em frente, o palestrante se aprofunda no caso log-normal e explica como sua densidade difere da distribuição normal. Devido à distribuição log-normal, normalmente é necessário um número maior de termos de expansão. O palestrante enfatiza a importância de escolher um número adequado de termos para um tipo específico de distribuição e domínio.
A palestra enfatiza que o método do custo é particularmente útil para recuperar a densidade e é comumente empregado para precificação de derivativos, como opções do tipo europeu que só têm pagamento no vencimento. O palestrante passa a explicar como funciona a precificação, envolvendo a integração do produto de uma função de densidade e payoff sob a medida neutra ao risco.
À medida que a palestra avança, o palestrante discute opções mais exóticas, onde uma função de conectividade pode ser derivada e cossenos podem ser usados. O termo "densidades de transição" é introduzido, referindo-se às distribuições que descrevem a transição de um ponto no eixo do tempo para outro. O valor inicial é dado em termos da distribuição de uma variável aleatória. A apresentação explora ainda mais o truncamento da densidade, onde a densidade é limitada a um intervalo especificado. O método da quadratura gaussiana é explicado, o que envolve a integração de uma soma das partes reais de uma função característica multiplicada por algum expoente.
A palestra apresenta o conceito de logaritmo ajustado do preço do ativo, que é definido como o logaritmo do estoque no vencimento dividido por um coeficiente de escala. Uma representação alternativa do payoff é apresentada, e o palestrante observa que a escolha de "v" impacta diretamente o coeficiente "h_n". Essa abordagem pode ser usada para avaliar pagamentos de vários exercícios, fornecendo um método conveniente para precificar opções em vários preços de exercício simultaneamente.
Em seguida, o palestrante se aprofunda no processo de calcular a integral de uma função de payoff multiplicada pela densidade usando funções exponenciais e cosseno na transformação de Fourier para precificação de opções. Uma forma genérica para as duas integrais envolvidas é fornecida, e diferentes coeficientes são selecionados para calcular vários payoffs. O palestrante enfatiza a importância de poder implementar essa técnica para múltiplos golpes, permitindo a precificação de todos os golpes de uma só vez, o que economiza tempo e reduz gastos computacionais. Por fim, a representação do preço é apresentada na forma de uma matriz multiplicada por um vetor.
A fórmula de implementação da transformação de Fourier na precificação de opções é discutida, envolvendo a vetorização de elementos e manipulações de matrizes. A palestra explica o processo de tomar "k" como um vetor e criar uma matriz com "n_k" greves. As partes reais são calculadas para lidar com números complexos. A função característica é de grande importância, pois não depende de "x" e desempenha um papel fundamental na obtenção de implementações eficientes para golpes múltiplos. A precisão e a convergência da implementação dependem do número de termos, e uma comparação de amostra é mostrada.
Além disso, o palestrante se aprofunda no código usado para o método de transformação de Fourier na precificação de opções e explica as diferentes variáveis envolvidas. Eles introduzem o conceito de intervalo para os coeficientes "a" e "b", normalmente mantidos em 10 ou 8 para modelos de difusão por salto. O código inclui uma expressão lambda para a função característica, que é uma função genérica adaptável a diferentes modelos. O palestrante enfatiza a importância de medir o tempo conduzindo várias iterações do mesmo experimento e calculando o tempo médio. Finalmente, eles ilustram o método de custo e como ele utiliza a faixa de integração para assumir uma grande volatilidade.
A palestra continua com uma explicação do processo de definição de strikes e cálculo de coeficientes para o método da transformada de Fourier de precificação de opções. O palestrante enfatiza que, embora ajustar os parâmetros do modelo possa levar a uma melhor convergência e exigir menos termos para avaliação, geralmente é seguro manter os parâmetros do modelo padrão. Eles detalham as etapas de definição de uma matriz e realização da multiplicação da matriz para obter o preço de exercício descontado, comparando o erro resultante com o da solução exata. A palestra destaca que o erro depende do número de termos e do intervalo de strike escolhido.
O palestrante então apresenta uma comparação de diferentes métodos de precificação de opções, incluindo o método Fast Fourier Transform (FFT) e o método Cosine. Eles explicam que o método FFT é mais adequado para um grande número de pontos de grade, enquanto o método Cosine é mais eficiente para um número menor de pontos de grade. O palestrante demonstra o cálculo dos preços das opções usando os dois métodos e compara os resultados.
Além disso, a palestra aborda a aplicação dos métodos baseados em Fourier em outras áreas de finanças, como gestão de riscos e otimização de portfólio. O palestrante explica que os métodos baseados em Fourier podem ser usados para estimar medidas de risco, como Value-at-Risk (VaR) e Conditional Value-at-Risk (CVaR). Combinando métodos de Fourier com técnicas de otimização, é possível encontrar alocações ótimas de portfólio que minimizem o risco ou maximizem os retornos.
A palestra termina resumindo os principais pontos discutidos ao longo da apresentação. As técnicas de transformação de Fourier fornecem uma ferramenta poderosa para precificação de opções e outras aplicações financeiras. O método do cosseno permite a precificação eficiente e precisa das opções, aproveitando a função característica e a expansão de Fourier. A escolha dos parâmetros, como o número de termos e o domínio, impacta na precisão e convergência do método. Além disso, os métodos baseados em Fourier podem ser estendidos para vários problemas financeiros além do preço de opções.
No geral, a palestra fornece uma visão abrangente das técnicas de transformação de Fourier na precificação de opções, abrangendo tópicos como recuperação de densidade, interpolação, método cos, distribuições log-normal, strikes múltiplos, considerações de implementação e comparações com outros métodos de precificação. As explicações do palestrante e os exemplos de código ajudam a ilustrar a aplicação prática dessas técnicas em finanças e destacam seus benefícios em termos de precisão e eficiência.