PSI-20 caiu 0,57% para 5.255,47 pontos
Stoxx 600 desceu 0,41% para 370,59 pontos
S&P 500 sobe 1,09% para 2.071,96 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 0,6 pontos base para 2,486%
Euro recua 0,48% para 1,0887 dólares
Petróleo desvaloriza 2,24% para 40,16 dólares por barril em Nova Iorque
Bolsas europeias em mínimos de três semanas
As praças do Velho Continente estão novamente a negociar em queda, com os investidores ainda a reagirem às medidas anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira, 3 de Dezembro. O Stoxx 600 caiu 0,41%, o valor mais baixo em três semanas, depois de ontem o BCE ter desiludido com um pacote de estímulos bastante inferior ao que os investidores esperavam. A instituição liderada por Mario Draghi cortou a taxa de depósitos em 10 pontos base, passando de -0,2% para -0,3% e alargou o prazo do programa de activos por seis meses, não tenho reforçado o valor das compras, medidas que não satisfizeram os mercados.
A bolsa lisboeta sucumbiu às descidas na Europa. O índice PSI-20 cedeu 0,57%, arrastada pelas perdas da banca e da Jerónimo Martins. O BCP desvalorizou 1,02% para 4,85 cêntimos, enquanto o BPI cedeu 3,7% para 1,121 euros. Já a retalhista caiu 1,36% para 12,69 euros, num momento em que ainda não se sabe em que bases vai avançar o imposto sobre as vendas no mercado polaco, onde detém a Biedronka.
Juros portugueses corrigem nos prazos mais longos
As "yields" de Portugal estiveram a corrigir nas maturidades mais longas, enquanto as taxas nos prazos mais curtos voltaram a agravar-se. Depois de terem disparado no dia da reunião do BCE, os juros a 10 anos de Portugal cederam 0,6 pontos base, para 2,486%, enquanto as "bunds" alemãs a 10 anos subiram 1,2 pontos para 0,678%, reduzindo o diferencial entre a dívida portuguesa e alemã para 180,7 pontos base.
Euribor disparam após reunião do BCE
As taxas Euribor inverteram a tendência de queda das últimas semanas e dispararam esta sexta-feira, 4 de Dezembro. A Euribor a três meses, que está em terreno negativo desde Abril, subiu para -0,113%. Já o indexante a seis meses, o mais utilizado pelos portugueses nos seus créditos à habitação, avançou para -0,03% e a taxa a 12 meses aumentou para 0,068%, depois do BCE ter anunciado um corte da taxa dos depósitos inferior ao que os investidores esperavam.
Euro abaixo de 1,09 dólares
Depois de ter registado a sua melhor sessão desde Março, a moeda única europeia está esta sessão a desvalorizar. O euro cai 0,48% para 1,0887 dólares, com a divisa americana a ser impulsionada pela divulgação de bons indicadores económicos nos EUA, que sustentam a especulação que a Reserva Federal vai cortar juros dentro de uma semana e meia. A economia norte-americana criou mais postos de trabalho ("payrolls") no mês passado do que o estimado pelos analistas consultados pela Bloomberg. Em Novembro foram criados 211 mil postos de trabalho de acordo com os dados do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, citados pela Bloomberg.
Petróleo recua mais de 2%
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar mais de 2% em Nova Iorque, a reagirem às notícias que dão conta que a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu aumentar a sua quota de produção. O WTI cai 2,24% para 40,16 dólares por barril, mas o barril de crude nos EUA já chegou a negociar abaixo dos 40 dólares. Em Londres, o Brent cede 1,25% para 43,29 dólares. A nova quota de produção será de 31,5 milhões de barris por dia, avançou à Bloomberg um delegado com conhecimento da decisão. Há um ano, a OPEP tinha decidido manter a produção em 30 milhões de barris diários.
Ouro em máximos de Abril
O metal precioso está a valorizar mais de 2%, com os investidores confiantes que ainda que o banco central americano suba juros este mês, o rimto de subida será lento, para não ameaçar a recuperação da economia. O ouro sobe 2,3% para 1.085,50 dólares por onça, depois de na última sessão terem chegado a tocar em mínimos de 2010.
Destaques do dia
OPEP aumenta quota de produção. Petróleo afunda. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), reunida esta sexta-feira em Viena, decidiu-se por um novo plafond de produção, que passa de 30 para 31,5 milhões de barris por dia. A cotação da matéria-prima está a afundar devido a este anúncio que surpreendeu o mercado.
Combustíveis voltam a descer. Gasóleo vai baixar vários cêntimos. Os preços dos combustíveis vão voltar a ficar mais baratos, acompanhando a tendência de quebra das cotações do petróleo. A escalada do euro também ajuda à forte redução que se vai sentir nos valores de venda do gasóleo.
Governo debate metas do défice "provavelmente" na próxima semana. O Governo deverá dedicar uma reunião do Conselho de Ministros exclusivamente ao défice e às metas orçamentais na próxima semana, disse a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.
Taxas Euribor disparam após "desilusão" com Draghi. As medidas anunciadas pelo BCE ficaram aquém do esperado pelo mercado, provocando uma correcção acentuada nas taxas Euribor, que nos últimos dias tinham renovado mínimos históricos.
Governo no parlamento na próxima semana para esclarecer deputados sobre sobretaxa. Os secretários de Estado dos Assuntos Fiscais e do Orçamento estarão no Parlamento na próxima semana para prestar esclarecimentos sobre a sobretaxa em sede de IRS, uma decisão que acabou por gerar alguma discussão entre os deputados.
O que vai acontecer segunda-feira
Ministros das Finanças da Zona Euro encontram-se. Reunião do Eurogrupo para discutir a evolução do Mecanismo Único de Supervisão, do programa de resgate à Grécia, das assistência económica e financeira à Irlanda e a evolução do crescimento económico e do desemprego.
Dados da energia nos EUA. Administração de Informação de Energia dos EUA publica relatório sobre a produção de energia, com estimativas para o petróleo e o gás natural.
Indicadores na Europa. É divulgado o Índice Sentix, que mede a confiança dos investidores, em Dezembro [anterior: 15,1 ; estimativa: 17,0 pontos].
Dados nos EUA. É apresentado o índice de condições do mercado laboral da Fed, relativo a Novembro [anterior: 1,6%]