Os mercados em números
PSI-20 deslizou 0,81% para 5.308,10 pontos
Stoxx 600 subiu 0,22% para 381,78 pontos
S&P 500 soma 0,57% para 2.093,14 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal subiu 3,7 pontos base para 2,485%
Euro recua 0,77% para 1,0652 dólares
Petróleo desce 0,84% para 40,20 dólares por barril, em Nova Iorque
Bolsas europeias mistas após declarações de Draghi
As praças do Velho Continente fecharam a sessão mistas, com os investidores na expectativa em relação à adopção de novas medidas de estímulo na região. O índice europeu Stoxx 600 avançou 0,22%, a subir pela segunda sessão consecutiva, mas a maioria das bolsas – entre as quais a portuguesa – terminaram no vermelho. A excepção foi a praça alemã e britânica, que contrariaram o sentimento negativo. Pela positiva destacaram-se as empresas de matérias-primas, enquanto os bancos e as empresas do sector da energia lideraram as descidas.
A bolsa lisboeta encerrou a cair 0,81%, pressionada sobretudo pela Galp Energia. A petrolífera tombou 5,09% para 9,553 euros, depois da italiana Eni ter anunciado que vendeu a restante posição que ainda detinha na empresa portuguesa. Uma nota negativa ainda para a banca. O BCP perdeu 3,75% para 0,0487 euros.
Juros sobem à espera de decisão
Depois de terem estado a corrigir nos últimos dias, os juros portugueses regressaram às subidas esta sexta-feira, 20 de Novembro. A linha a 10 anos subiu 3,7 pontos base para 2,485%, no dia em que o Presidente da República está a receber os partidos políticos, bem como representante do sector financeiro, antes de anunciar a sua decisão sobre quem irá governar o país, no seguimento da moção de rejeição ao programa do Governo. Já as "bunds" alemãs a 10 anos mantiveram-se estáveis em 0,48%.
Euribor marcam novo mínimo
As taxas Euribor continuam a fixar novos mínimos históricos. A Euribor a três meses negociou pela primeira vez em -0,095%, enquanto o indexante a seis meses – o mais utilizado pelos portugueses no crédito à habitação – caiu para -0,024%. Depois da taxa a três meses ter negociado pela primeira vez em valores negativos no passado mês de Abril, foi a vez da Euribor a seis meses se estrear abaixo de zero, a 6 de Novembro.
Draghi afunda euro
A moeda única europeia acentuou as quedas, depois do presidente do BCE ter adiantado que tudo fará para que a taxa de inflação nos países do euro recupere para valores próximos de 2% o mais rapidamente possível. Mario Draghi adiantou que se a instituição concluir que "o equilíbrio de riscos para o nosso objectivo de estabilidade de preços de médio prazo está distorcido em sentido descendente, actuaremos através da utilização de todos os instrumentos disponíveis dentro do nosso mandato". Estas declarações levaram o euro a recuar 0,77% para 1,0652 dólares.
Petróleo volta a baixar fasquia dos 40 dólares
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar nos mercados internacionais, depois de a matéria-prima negociado em Nova Iorque já ter estado a transaccionar abaixo da barreira de 40 dólares por barril. O WTI desce 0,84% para 40,20 dólares, mas já esteve a cotar em 39,88 dólares, preparando-se para encerrar a desvalorizar pela terceira semana. A penalizar a negociação continua o excesso de produção no mercado e a subida das reservas de crude nos EUA.
Fed continua a tirar brilho ao ouro
A expectativa que a Reserva Federal dos EUA aumente juros na reunião de Dezembro continua a penalizar as cotações do ouro. O metal precioso desce 0,29% para 1.079,08 dólares por onça, com os investidores a prepararem-se para a primeira subida de juros nos EUA desde 2006, depois de vários membros da instituição terem realizado declarações que apontam nesse sentido.
Destaques do dia
Draghi volta às promessas: "Faremos o que for preciso para fazer crescer a inflação". O Banco Central Europeu (BCE) fará o que for necessário para garantir que a inflação atinge o mais rápido possível a meta de ficar próxima (mas abaixo) dos 2%, sublinhou Mario Draghi. O euro caiu de imediato.
Parlamento grego aprova pacote de medidas. Tsipras perde dois deputados. A aprovação abre caminho para o recebimento da primeira tranche do resgate acordado com os credores. O suporte parlamentar ao Governo de Tsipras ficou mais reduzido depois da expulsão de dois deputados.
Goldman Sachs antecipa que marasmo nos mercados emergentes chegou ao fim. O banco norte-americano considera que o período de adormecimento das economias emergentes está próximo de chegar ao fim, com 2016 a poder representar o regresso ao crescimento de vários países em desenvolvimento.
Paulo Portas: PS não cumpriu os pré-requisitos exigidos pelo Presidente. O líder do CDS-PP foi ainda mais duro que Passos Coelho na avaliação da possibilidade de um governo PS. À saída da reunião com o Presidente da República, Paulo Portas argumentou que não foi apresentado um projecto "sólido".
Galp desliza mais de 4% após saída da Eni que os analistas consideram "positiva". Os analistas consideram que a saída da Eni do capital da Galp é "positivo", já que coloca um ponto final na incerteza em relação a esta participação. E vão mais longe: o preço a que foi vendido revela que houve bastante interesse na compra destas acções.
Nike vai comprar 12 mil milhões de dólares de acções próprias. Depois do ano mais rentável de sempre, a fabricante norte-americana de roupa e calçado desportivo autorizou um plano de recompra de 12 mil milhões de dólares de acções próprias. A recompra deverá fazer-se ao longo de quatro anos.
O que vai acontecer segunda-feira
Reunião do Eurogrupo – Os ministros das Finanças da Zona Euro encontram-se para discutir projectos dos orçamentos de 2016 dos Estados-membros.
Compra de activos na Europa – O Banco Central Europeu divulga os valores investidos no âmbito do seu programa de compra de activos na semana terminada a 20 de Novembro.
Indicadores nos EUA – É divulgada a venda de casas usadas, nos EUA, em Outubro. O indicador deverá recuar 2,7% face ao mês anterior.
Construção no trimestre – O Instituto Nacional de Estatística reporta o Índice de Novas Encomendas na Construção e Obras Públicas, no terceiro trimestre.