Os presidentes executivos das operadoras portuguesas defendem que o sector das telecomunicações e os serviços over-the-top, como o WhatsApp e o Skype, deveriam ter regras semelhantes. E consideram que existem "assimetrias inaceitáveis".
Os serviços over-the-top, como o Sype e o WhatsApp, alteraram os hábitos de comunicação dos consumidores. São serviços que permitem mandar mensagens e fazer telefonemas através da internet, utilizando a rede das operadoras.
Uma situação que preocupa os operadores de telecomunicações, tendo em conta que os serviços OTT não estão "sujeitos à regulação que temos, aos impostos...", lamentou Miguel Almeida, CEO da Nos, na conferência sobre Regulação no Novo Ecossistema Digital, promovida pela Anacom.
O presidente executivo da Nos considera que "há uma assimetria total e inaceitável" entre os operadores regulados e não regulados. "Tem de haver regras iguais para todos", alertou.
Uma opinião partilhada pelo restante painel, constituído por Paulo Neves, da PT Portugal, Joao Couto, da Microsoft e Mário Vaz, da Vodafone.
O presidente da Vodafone acrescentou que um dos problemas passa precisamente por a regulação ainda olhar para os OTT como "algo emergente". E exemplificou com as oportunidades do Big Data: "Nós já temos Big Data, não temos é informação para trabalhar. Não podemos utilizar a localização de antenas, por exemplo", enquanto os OTT "podem através do GPS".
Por estas razões, esperam que Bruxelas avance com a revisão da regulação, e que inclua estas questões, o mais breve possível.