O dólar iniciou a semana em forte alta em relação ao real, acompanhando o movimento visto no exterior e reagindo à notícia de que o Banco Central irá rolar apenas parcialmente os vencimentos de swap de junho. Conforme informado na noite de quinta-feira, 30, a autoridade monetária irá ofertar até 8,1 mil contratos de swap cambial. Como está previsto o vencimento de 193.110 contratos em maio (US$ 9,656 bilhões), caso o BC mantenha esse ritmo, irá rolar US$ 7,695 bilhões, retirando US$ 1,961 bilhão do mercado. Ou seja, a rolagem será de cerca de 80% do estoque do mês.
Às 9h26 desta segunda-feira, 04, o dólar à vista no balcão exibia valorização de 2,23%, negociado a R$ 3,0770, depois de ter encerrado a semana passada em alta 1,90%, cotado a R$ 3,0100. Mas vale lembrar que no mês passado a moeda norte-americana acumulou queda de 5,94%. Na BM&FBovespa, o dólar para junho subia 2,12%, a R$ 3,11060 no mesmo horário.
Mais cedo, a pesquisa Focus mostrou, pela terceira semana consecutiva, elevação na previsão dos analistas para o IPCA deste ano, para 8,26%, ante 8,25% na semana anterior. Para o fim de 2016, a mediana foi mantida em 5,60%. Já a expectativa de retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 passou de 1,10% para 1,18%, e a estimativa para a Selic no fim deste ano, de 13,25% para 13,50%.
No exterior, as principais bolsas europeias e os índices futuros em Nova York retornam do feriado do Dia do Trabalho em alta, sustentadas por dados de atividade da zona do euro. Embora os números tenham mostrado queda da indústria, eles vieram acima da expectativa e se seguraram acima do nível de 50, o que representa expansão. A notícia de que autoridades da União Europeia e da Grécia relataram progresso nas negociações sobre a ajuda financeira em Atenas também contribui para os ganhos. Por aqui, a indicação é de uma abertura em alta para a Bolsa, com o Ibovespa Futuro subindo 1,20%, aos 57.600 pontos, às 9h25.
