Quedas superiores a 2% da Jerónimo Martins e da EDP empurram principal índice nacional para perdas numa Europa maioritariamente ganhadora. Juros da dívida de Portugal prosseguem agravamento depois de anunciada emissão sindicada a 15 anos.
PSI 20 5.887,00 pontos (-0,37%)
Lisboa
voltou a encerrar com perdas pressionada pelas quedas da EDP e da
Jerónimo Martins e apesar dos ganhos superiores a 2,5% da PT. As acções
da Espírito Santo Saúde fecharam a sessão abaixo do valor oferecido
pelos mexicanos da Ángeles, que em 19 de Agosto propuseram 4,30 euros
por título na proposta preliminar de OPA. O dia foi marcado – tal como
ontem – pela elevada liquidez do título, com mais de 2,5 milhões de
acções a mudarem de mãos, quase dez vezes acima da média diária dos
últimos seis meses.
Stoxx Europe 600 342,75 pontos (-0,03%)
As
acções europeias encerraram pouco alteradas, após duas sessões
consecutivas de ganhos, com alguns títulos a beneficiar de recomendações
positivas de casas de investimento (caso dos títulos das industriais
Vallourec e Weir). Além de Lisboa, outra das excepções aos ganhos nas
praças da Europa foi Paris. Nos últimos dias, as valorizações dos
títulos do Velho Continente têm sido suportadas pela possibilidade de
novos estímulos económicos que podem sair da reunião do BCE depois de
amanhã.
S&P 500 2.002,18 pontos (-0,06%)
No
regresso de um fim-de-semana prolongado, Nova Iorque negoceia sem
tendência comum, com os principais índices na linha de água e, ainda
assim, o S&P 500 acima dos dois mil pontos. Os investidores digerem
novas notícias positivas hoje conhecidas – o Institute for Supply
Management surpreendeu ao divulgar dados melhores do que o esperado na
produção manufactureira. Entre os três principais índices, só o
tecnológico Nasdaq acumula ganhos.
Juros de Portugal a 10 anos 3,238% (0,048)
O
risco associado às obrigações nacionais continua a agravar-se e agora a
um ritmo mais elevado, depois de esta manhã ter sido conhecido o
regresso em breve de Portugal aos mercados para uma emissão sindicada de
dívida a 15 anos. A tendência de apreciação é comum aos restantes
periféricos, naquilo que os analistas consideram uma “pausa” na série de
recuos iniciada depois das palavras de Mario Draghi em Jackson Hole,
EUA.
Dólar €0,7621 (0,05%)
A moeda norte-americana
segue a valorizar para máximos de sete meses face a 10 divisas depois
dos sinais positivos na economia norte-americana - expansão da produção
manufactureira e da construção nos EUA em Agosto – e perante a
especulação que o ritmo de recuperação pode levar a Reserva Federal a
equacionar uma antecipação do aumento das taxas de juro. O euro desliza
para o valor mais baixo em pouco mais de um ano, na expectativa de novos
estímulos que possam sair quinta-feira da reunião do BCE.
Ouro $1.265,40 (1,71%)
O preço da onça de ouro
recua para mínimos de mais de dois meses e meio com a maior
desvalorização intradiária desde Maio, em resultado de uma procura mais
acentuada dos investidores pelo dólar e depois de novos dados positivos
para a economia norte-americana. Estes dados também colocam pressão
compradora sobre o cobre, pela expectativa de um aumento da procura na
maior economia do mundo.