Regra tributária quebra estatística no Brasil (day trade, intraday, swing trade, normal)

 

Para fins de imposto, no Brasil é proibido somar lucros/prejuízos de operações intraday (day trade) e operações que levam mais de um dia (swing trade, normal). Não encontrei nenhum caso assim na literatura sobre algotrading e percebo que algoritmos que funcionariam em outros países simplesmente não têm chance de funcionar no Brasil. A exceção é se quem estiver operando for um banco ou estrangeiro, pois aí tem regras de imposto mais benéficas, podendo realizar a compensação, pois tem alíquota única de imposto nesse caso (mas quem opera como pessoa física é vítima dessa injustiça).

Quem já fez um sistema que realiza operações normais e intraday ao mesmo tempo já deve ter percebido que a regra brasileira quebra a estatística. O que ocorre tem o seguinte sintoma: acumula-se prejuízo (ou lucro) num tipo de operação e acumula-se lucro (ou prejuízo) no outro tipo. Como não é possível fazer a soma dos dois tipos (não pode somar lucro+prejuízo), o sistema tende a dar lucro na conta corrente da corretora, mas a quantidade de imposto a ser pago pode ser maior que o lucro obtido (enquanto isso, acumula-se prejuízo tributário que nunca poderá ser abatido). O prejuízo acumulado costuma ser num tipo de operação (intraday ou normal), dependendo da estatística do sistema (por exemplo, se é de tendência ou reversão à média).

Enfim, se alguém já passou por isso, entende o grande problema que é. E quem não passou por isso, tem grande chance de encontrar o problema algum dia, infelizmente.

A única solução que encontrei até o momento é fazer todas as operações somente intraday ou todas somente com duração de mais de um dia. Os dois casos aumentam o risco e diminuem o retorno.

Alguém já passou por isso e tem alguma consideração que possa ajudar?

Sinceramente, depois de eu ter perdido mais de um ano para criar um sistema que parou de funcionar devido às regras tributárias, minha vontade é aprender a como operar somente no exterior.

 
BB-8:

Para fins de imposto, no Brasil é proibido somar lucros/prejuízos de operações intraday (day trade) e operações que levam mais de um dia (swing trade, normal). Não encontrei nenhum caso assim na literatura sobre algotrading e percebo que algoritmos que funcionariam em outros países simplesmente não têm chance de funcionar no Brasil. A exceção é se quem estiver operando for um banco ou estrangeiro, pois aí tem regras de imposto mais benéficas, podendo realizar a compensação, pois tem alíquota única de imposto nesse caso (mas quem opera como pessoa física é vítima dessa injustiça).

Quem já fez um sistema que realiza operações normais e intraday ao mesmo tempo já deve ter percebido que a regra brasileira quebra a estatística. O que ocorre tem o seguinte sintoma: acumula-se prejuízo (ou lucro) num tipo de operação e acumula-se lucro (ou prejuízo) no outro tipo. Como não é possível fazer a soma dos dois tipos (não pode somar lucro+prejuízo), o sistema tende a dar lucro na conta corrente da corretora, mas a quantidade de imposto a ser pago pode ser maior que o lucro obtido (enquanto isso, acumula-se prejuízo tributário que nunca poderá ser abatido). O prejuízo acumulado costuma ser num tipo de operação (intraday ou normal), dependendo da estatística do sistema (por exemplo, se é de tendência ou reversão à média).

Enfim, se alguém já passou por isso, entende o grande problema que é. E quem não passou por isso, tem grande chance de encontrar o problema algum dia, infelizmente.

A única solução que encontrei até o momento é fazer todas as operações somente intraday ou todas somente com duração de mais de um dia. Os dois casos aumentam o risco e diminuem o retorno.

Alguém já passou por isso e tem alguma consideração que possa ajudar?

Sinceramente, depois de eu ter perdido mais de um ano para criar um sistema que parou de funcionar devido às regras tributárias, minha vontade é aprender a como operar somente no exterior.

Esse problema eh interessante e parece unicamente uma descalibragem no sistema. Voce poderia tentar igualar as perdas projetadas para ficarem proximas e o problema se resolve....

Exemplo: Ao operar swing em 10 ativos, meu stop planejado eh 3k e no day trade meu stop planejado diario eh 200 reais. A solucao seria operar com 15 contratos no day trade. Ou ainda tentar rebalancear mais por exemplo trazer o stop do swing para 1.5k diminuindo o lote e alavancar o day trade com 7 contratos (1400 reais de perda planejada).

Entende que o seu problema nao eh problema com o brasil e sim um nao planejamento financeiro adequado?

 
BB-8:

Para fins de imposto, no Brasil é proibido somar lucros/prejuízos de operações intraday (day trade) e operações que levam mais de um dia (swing trade, normal). Não encontrei nenhum caso assim na literatura sobre algotrading e percebo que algoritmos que funcionariam em outros países simplesmente não têm chance de funcionar no Brasil. A exceção é se quem estiver operando for um banco ou estrangeiro, pois aí tem regras de imposto mais benéficas, podendo realizar a compensação, pois tem alíquota única de imposto nesse caso (mas quem opera como pessoa física é vítima dessa injustiça).

Quem já fez um sistema que realiza operações normais e intraday ao mesmo tempo já deve ter percebido que a regra brasileira quebra a estatística. O que ocorre tem o seguinte sintoma: acumula-se prejuízo (ou lucro) num tipo de operação e acumula-se lucro (ou prejuízo) no outro tipo. Como não é possível fazer a soma dos dois tipos (não pode somar lucro+prejuízo), o sistema tende a dar lucro na conta corrente da corretora, mas a quantidade de imposto a ser pago pode ser maior que o lucro obtido (enquanto isso, acumula-se prejuízo tributário que nunca poderá ser abatido). O prejuízo acumulado costuma ser num tipo de operação (intraday ou normal), dependendo da estatística do sistema (por exemplo, se é de tendência ou reversão à média).

Enfim, se alguém já passou por isso, entende o grande problema que é. E quem não passou por isso, tem grande chance de encontrar o problema algum dia, infelizmente.

A única solução que encontrei até o momento é fazer todas as operações somente intraday ou todas somente com duração de mais de um dia. Os dois casos aumentam o risco e diminuem o retorno.

Alguém já passou por isso e tem alguma consideração que possa ajudar?

Sinceramente, depois de eu ter perdido mais de um ano para criar um sistema que parou de funcionar devido às regras tributárias, minha vontade é aprender a como operar somente no exterior.

Você precisa segmentar as atuações nos mercados, você não pode fazer uma média geral entre todas as modalidades que você opera, do contrário você pode estar canibalizando uma modalidade em detrimento de outra. Se você é bom em DayTrade e ruim em Swing, o Swing vai detonar os lucros do DayTrade, independente de imposto. A matemática do imposto tem sim que ser levada em conta, mas são as regras do jogo. E você precisa das regras do jogo jogando a seu favor... Levar 1 ano para culpar os impostos me parece insensato...

Prefiro operar Mini-índice e Mini-Dólar do que um par de moeda com um spread onde você já sai de cara perdendo e a declaração de IR no Brasil é simplesmente um porre... Mas, é uma questão pessoal. Com certeza vou operar Forex e mercado de ações americanos, mas ainda não explorei toda a potencialidade do mercado Brasileiro para fazer isso...

Estatística e matemática simples. Se você não dominar isto, você nunca vai ser lucrativo. Não culpe os impostos. OU você acha que com uma conta FREE ou um Robinhood da vida vai te salvar no Forex?

Como os gringos sempre falam: There is NO Free Lunch!

;)

 

Criei esse tópico no final do ano passado e pensei que alguém ia comentar a reforma do imposto de renda (PL 2337/21). O projeto está praticamente engavetado, mas acredito que a parte da regra de ganho de capital das pessoas físicas volte a ser discutida num futuro próximo (independente de qual governo esteja no poder), pois parece que a simplificação das regras é um pedido da própria receita federal. Então acho que a tendência é que as regras de imposto sejam simplificadas e isso não cause mais problemas.

Mas vejo que minha mensagem inicial foi muito negativa, pois falei sobre o sistema "parar de funcionar" e na verdade eu não deixei claro o que quis dizer com isso: não é exatamente não funcionar, mas sim "aumentar o risco / diminuir o retorno".  Por isso gostaria de deixar uma mensagem menos negativa se alguém passar por um problema semelhante: é possível se adaptar e obter um resultado razoável (de modo semelhante, por exemplo, a usar criatividade num software para contornar uma "limitação técnica" de um hardware ; o resultado final pode não ser igual a um hardware de ponta, mas pode ser bem satisfatório).

Cada pessoa pode ter um caso diferente, dependendo do tipo de sistema; para cada caso, essa questão do imposto pode afetar de modo diferente. Por exemplo, é de se esperar que um sistema de tendência tenha o problema inverso de um sistema de reversão à média. Uma ideia semelhante ao que foi comentado pelo colega acima é deixar uma parte do sistema executando só um tipo de operação (daytrade ou normal) e outra parte híbrida (ambos os tipos); assim pode-se tentar compensar o prejuízo em uma dessas partes. Uma ideia que pode minimizar o problema num sistema que faz só operação swing e ao mesmo tempo opera diversos ativos é: após uma venda, usar o dinheiro para iniciar outra operação em outro ativo (para um dos meus sistemas isso ajudou, para outro não fez muita diferença). 

 
BB-8 #:

Criei esse tópico no final do ano passado e pensei que alguém ia comentar a reforma do imposto de renda (PL 2337/21). O projeto está praticamente engavetado, mas acredito que a parte da regra de ganho de capital das pessoas físicas volte a ser discutida num futuro próximo (independente de qual governo esteja no poder), pois parece que a simplificação das regras é um pedido da própria receita federal. Então acho que a tendência é que as regras de imposto sejam simplificadas e isso não cause mais problemas.

Mas vejo que minha mensagem inicial foi muito negativa, pois falei sobre o sistema "parar de funcionar" e na verdade eu não deixei claro o que quis dizer com isso: não é exatamente não funcionar, mas sim "aumentar o risco / diminuir o retorno".  Por isso gostaria de deixar uma mensagem menos negativa se alguém passar por um problema semelhante: é possível se adaptar e obter um resultado razoável (de modo semelhante, por exemplo, a usar criatividade num software para contornar uma "limitação técnica" de um hardware ; o resultado final pode não ser igual a um hardware de ponta, mas pode ser bem satisfatório).

Cada pessoa pode ter um caso diferente, dependendo do tipo de sistema; para cada caso, essa questão do imposto pode afetar de modo diferente. Por exemplo, é de se esperar que um sistema de tendência tenha o problema inverso de um sistema de reversão à média. Uma ideia semelhante ao que foi comentado pelo colega acima é deixar uma parte do sistema executando só um tipo de operação (daytrade ou normal) e outra parte híbrida (ambos os tipos); assim pode-se tentar compensar o prejuízo em uma dessas partes. Uma ideia que pode minimizar o problema num sistema que faz só operação swing e ao mesmo tempo opera diversos ativos é: após uma venda, usar o dinheiro para iniciar outra operação em outro ativo (para um dos meus sistemas isso ajudou, para outro não fez muita diferença). 

Existe um problema comum entre todos os trader's que vejo por aí, a maior deles não avaliam o risco (custos).

Lá no início, quando as primeiras notas de corretagem chegaram algo já começou a chamar minha atenção, os custos de corretagem inseridos.

E perguntas vieram; quais custos mais terei? e dentro das perguntas o IR vem junto....

Então, diante dessa realidade passei a pensar mais ainda sobre a questão dos custos e como poderia fazer com que minhas entradas já debitassem meus custos.

Logo foi necessário fazer um calculo e buscar incluir também estes valores.

Então, a cada operação realizada eu já retiro todos os custos envolvidos em cada operação.

Isso ajudou a enxergar a realidade tal como ela é; em toda operação você já sai perdendo.

Gerenciamento de risco é para mim um dos alicerces para consistência. Algumas das implementações que fiz são;

- Toda operação aberta já sai negativa e eu tenho de informar isso ao robô.

- Retenho de uma operação lucrativa uma margem de segurança, tal como faria ao abrir um negócio. Não é preciso um capital para perdas inesperadas ou até mesmo para investir mais numa oportunidade?

- Se tenho mil reais para investir digo ao robô em quantos dias, ele pode "perder" esse capital, assim, ele definirá o meu risco diário adaptando minhas entradas de acordo com esse risco já definido.

- Deve-se levar em conta fatores como, quanto de stop ele definirá...não pode ser abaixo de x, logo, caso ele encontre um valor inferior ao do stop mínimo, ele vai reduzir o número de dias...etc

- Se opero com mais de um ativo e, ele verifica que uma posição vai ultrapassar o risco, ele nega a operação, até que obtenha lucro para que, somando ao risco já definido possa operar. Do contrário, fica quietinho...Não é preciso operar o tempo todo mas ser assertivo quando operar.

- Calculo o lucro com base no investimento inicial. Se aportei os mil reais de exemplo para obter o retorno no mês eu preciso de quanto de ganho diário? 1000 / 20 = R$50...veja, são apenas 50 reais.

- Não é preciso ganhar os 1000 no único dia e nem correr o risco de perder em um único dia os mesmos mil.

- Etc, etc, etc;

Essas são algumas da regras que o robô analisa antes de cada operação mas lhe garanto que há muito mais, muito mais mesmo. Passei meses, planejando, escrevendo, adaptando e testando.

Sugiro que não desista mas enxergue de maneira o mais realista possível suas expectativas.

Espero que tenha lhe ajudado a definir um norte seguro em busca do seu objetivo. 

Sucesso por aí.

Razão: