Mercados em Zoom: Europa passa ao lado do efeito grego

Mercados em Zoom: Europa passa ao lado do efeito grego

26 janeiro 2015, 16:00
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Bolsa e obrigações gregas continuam a ser penalizadas pelo resultado das eleições naquele país, mas o resto da Europa não está a ser atingido.

PSI 20 5.357,62 pontos (1,08%) A praça portuguesa segue agora no melhor momento da sessão, apesar do tombo de quase 6% dos títulos da PT SGPS. Em sentido contrário, a Galp recuperou das perdas iniciais no dia em que reportou dados preliminares do último trimestre do ano passado. A empresa liderada por Ferreira de Oliveira consegue valorizar numa altura em que o preço do petróleo continua a desvalorizar no mercado londrino.

ASE 816.37 pontos (-2,86%) A bolsa grega estabilizou numa queda próxima de 2%, depois de iniciar a sessão a cair mais de 5%. A pressão vendedora agressiva sobre os activos gregos não está a afectar as restantes bolsas europeias, que beneficiam ainda do ‘quantitative easing' anunciado pelo BCE. Só Londres regista uma perda ligeira.

Dow Jones 17.619,06 pontos (-0,3%) Os principais índices norte-americanos arrancam a semana com saldo negativo. Vários analistas associam o vermelho à tempestade de dois dias que pode paralisar Nova Iorque e Boston. Um evento que pode assim condicionar a actividade das empresas, sobretudo no retalho.

Taxa das obrigações gregas a 10 anos 9,589% (+58 pontos) A dívida pública grega é dos activos mais sensíveis à chegada da extrema esquerda ao poder. A ‘yields' a 10 anos, o prazo de referência, avança mais de 58 pontos base, atrofiando uma curva de rendimentos já de si invertida. Na maturidade mais curta, a três anos, a taxa de juro implícita acelera 162 pontos base.

Real 2,6028$ (-0,9%) O real brasileiro deprecia pelo segundo dia consecutivo contra o dólar norte-americano, devido a uma revisão em baixa das previsões de crescimento económico no Brasil e ao facto das commodities sul-americanas estarem menos atractivas para os investidores internacionais.

Ouro 1,284.21 dólares (-0,76%) A diminuição do valor da onça de ouro, um dos activos mais conservadores, é um dos sinais mais evidentes do apetite por risco no mercado e de que, assim, os receios em torno da Grécia estão sobretudo circunscritos à bolsa e dívida helénicas.